A série Assassin’s Creed, que já explorou diversas épocas e locais pelo mundo nos seus quase vinte anos de existência, demonstrava certa hesitação em abordar o período histórico dos Estados Unidos. Apenas em 2012, com o lançamento de Assassin’s Creed 3, o país foi o cenário principal de um título da franquia.






Contudo, um novo relatório sugere que a Ubisoft planejava expandir essa presença. De acordo com informações, a empresa estava em desenvolvimento inicial de um jogo ambientado na América pós-Guerra Civil, especificamente no período da Reconstrução, entre as décadas de 1860 e 1870. O projeto previa que o jogador controlasse um ex-escravo que se juntava aos Assassinos para combater a ascensão da Ku Klux Klan no Sul dos EUA.
Ubisoft teria cancelado jogo de Assassin’s Creed por receio político
Infelizmente, este título parece que nunca verá a luz do dia. O relatório indica que a Ubisoft decidiu encerrar o desenvolvimento do jogo em julho do ano passado, apesar do entusiasmo da equipe de desenvolvimento. Uma das razões apontadas para o cancelamento seria a repercussão negativa gerada pela revelação de Yasuke, o samurai negro que é personagem central em Assassin’s Creed Shadows.
Na época de seu anúncio, Assassin’s Creed Shadows foi rotulado por parte do público como “woke” devido à inclusão de Yasuke, com alegações de que sua presença seria desrespeitosa à cultura japonesa, mesmo com o personagem sendo parte da história real. A Ubisoft emitiu comunicados defendendo a escolha, mas Yasuke permaneceu como um ponto de controvérsia.
O novo relatório também aponta que o jogo da Reconstrução foi cancelado devido às crescentes tensões políticas nos Estados Unidos. Uma fonte citada descreveu a situação de forma direta: o jogo era “político demais em um país instável”. Há também relatos de frustração entre a equipe, que viu o cancelamento como uma rendição da Ubisoft à controvérsia. A perda para os fãs é imensa, pois é uma história que provavelmente nunca será contada.
Fonte: TheGamer