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Sempre que um diretor começa a despontar em Hollywood, o passo seguinte em sua carreira é a internet decidir qual filme de super-heróis seria ideal para ele. Alguns cineastas, como Ryan Coogler, abraçam essa paixão e abrem seu próprio nicho no gênero de filmes de quadrinhos, enquanto outros ignoram a euforia por não estarem interessados em trabalhar no “quintal” alheio. Há espaço para ambos os tipos de diretores, pois os cinemas precisam oferecer uma vasta gama de filmes para que o ecossistema prospere.
Por exemplo, o terror tem sido um grande vencedor nos últimos anos, e é nesse cenário que surge o nome de Zach Cregger. Mais um filme de terror que está conquistando o mundo é “Weapons”, de Zach Cregger, que acompanha uma cidade abalada até suas raízes quando 17 crianças desaparecem misteriosamente no meio da noite. “Weapons” está fazendo com que a Marvel Studios pareça desatenta por ter lançado “The Fantastic Four: First Steps” poucas semanas antes.
Mas, antes que Kevin Feige e sua equipe pudessem sequer pensar em recrutar Cregger para evitar futuros “problemas” de bilheteria, o diretor já havia declarado sua lealdade à DC. E mesmo que Cregger receba uma ligação de James Gunn, essa não será sua primeira vez trabalhando com personagens da DC. No início dos anos 2010, havia um certo estigma em torno do Superman, com muitos alegando que ele não era um personagem interessante o suficiente.
Max Landis, roteirista de “Poder Sem Limites” e “Bright”, acreditava que a infame história em quadrinhos dos anos 90, “A Morte do Superman”, não fez nenhum favor ao herói e queria explorar o que havia dado errado. Ele se sentou diante de uma câmera e proferiu um monólogo apaixonado sobre a história em “The Death and Return of Superman”. Acompanhando as palavras de Landis, havia esboços que encenavam seu hilário relato dos eventos do quadrinho, e foi aí que Zach Cregger fez sua aparição.
Muitos rostos conhecidos participaram da diversão, incluindo Mandy Moore, Elijah Wood, Ron Howard, Simon Pegg e Elden Henson (Foggy Nelson de “Demolidor”). No entanto, escondido entre a multidão estava um jovem cineasta chamado Zach Cregger, com pouquíssimos créditos em seu nome. Ele interpretou uma versão angustiada de Hal Jordan, que apareceu na Terra para encontrar seu lar destruído.
O herói de Cregger aniquilou o restante dos Lanternas Verdes antes de se declarar um vilão, assim como seu equivalente nos quadrinhos. Embora Hal Jordan já esteja definido no DC Universe de Gunn, Cregger ainda está pronto para tentar de novo, anos depois. Durante a turnê de imprensa de “Weapons”, Cregger deixou escapar que está trabalhando em um roteiro da DC pelo qual está muito empolgado.
A história seguiria um humilde capanga em Gotham City que tem um encontro com o Batman. De alguma forma, o lacaio consegue incapacitar o Cavaleiro das Trevas, o que o torna a sensação da cidade. Arlequina e Coringa também apareceriam no filme, potencialmente como obstáculos para o capanga enquanto ele tenta ascender ao topo do submundo de Gotham.
Embora Cregger não saiba se Gunn terá interesse em seu roteiro, é difícil imaginar o chefe da DC Studios recusando, especialmente considerando o que já está em andamento no novo DC Universe. Com “Supergirl: Woman of Tomorrow” e “Clayface”, uma história de origem de vilão do mestre do terror Mike Flanagan, a DC parece aberta a novas abordagens. As obras “Barbarian” e “Weapons” formam uma dobradinha impressionante de Zach Cregger, e seu próximo filme de “Resident Evil” em 2026 solidifica sua capacidade de trabalhar em grandes franquias.
Sem que ele soubesse na época, interpretar Hal Jordan em um filme de fã pode ter sido o primeiro passo para uma carreira de sucesso no gênero de super-heróis para Zach Cregger.
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