Weapons: O Inesperado Easter Egg de Cachorros-Quentes que Homenageia a Carreira Cômica de Zach Cregg

Weapons: O Inesperado Easter Egg de Cachorros-Quentes que Homenageia a Carreira Cômica de Zach Cregger

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O aguardado filme de terror de Zach Cregger, “Weapons”, esconde um Easter Egg de Weapons que é tão tocante quanto engraçado, servindo como uma homenagem sutil à sua trajetória na comédia. Após o sucesso de “Barbarian” (2022), Cregger retorna com esta narrativa envolvente que se foca no inexplicável desaparecimento de 17 crianças às 2h17 da manhã na pequena cidade de Maybrook, Pensilvânia. As crianças, todas alunas da professora Justine Gandy (Julia Garner), deixam a comunidade em pânico, com apenas Alex Lilly (Cary Christopher) reaparecendo no dia seguinte.

O filme se desenrola de forma não linear, explorando a perspectiva de vários personagens, incluindo Justine e Archer Graff (Josh Brolin), pai de uma das crianças desaparecidas, enquanto o mistério se aprofunda. Embora “Weapons” não seja carregado de alívio cômico, o filme apresenta seus momentos de humor seco e inteligente. Um desses instantes reside em uma cena em que o diretor da Maybrook Elementary School, Marcus Miller (Benedict Wong), encontra um familiar de um aluno.

A cena é notável por incluir uma coleção de sete cachorros-quentes preparados para o almoço de Marcus. O que poderia parecer um detalhe trivial à primeira vista, revela-se, na verdade, uma piada interna e um tributo especial a um colega querido da época de Zach Cregger na comédia de esquetes. A cena dos cachorros-quentes em “Weapons” é um tributo direto ao aclamado programa de comédia “The Whitest Kids U’Know”.

Ela ocorre quando Gladys (Amy Madigan), responsável pelo sumiço das crianças, visita a casa de Marcus Miller e encontra seu marido, Terry (Clayton Farris), preparando o almoço. Terry serviu precisamente sete cachorros-quentes com mostarda, acompanhados de batatas fritas, cenouras e biscoitos. Essa contagem específica de sete cachorros-quentes, embora possa passar despercebida por muitos espectadores, é uma referência astuta ao esquete “Hot Dog Timmy” de “The Whitest Kids U’Know”, no qual o personagem Timmy (Timmy Williams) revela consumir, em média, sete cachorros-quentes por dia.

A história de comédia de Zach Cregger é fundamental para a gênese de “Weapons”. “The Whitest Kids U’Know” começou como uma trupe de comédia em 2000, formada por Cregger, Trevor Moore e Sam Brown, com outros membros como Darren Trumeter e Timmy Williams se juntando posteriormente. A crescente popularidade do grupo culminou na série de comédia de esquetes, exibida por cinco temporadas entre 2007 e 2011.

Contudo, em 7 de agosto de 2021, Trevor Moore faleceu tragicamente, aos 42 anos, após uma queda. A perda prematura de Moore afetou profundamente seus colegas, incluindo Cregger, e isso influenciou diretamente o desenvolvimento de “Weapons”. Cregger revelou à Rolling Stone que estava na pós-produção de “Barbarian” quando Moore faleceu, e que a escrita do roteiro de “Weapons” serviu como um desabafo para lidar com a perda de seu amigo e colega.

Como ele descreveu, “A cidade está lidando com uma perda. E eu também estava. Foi o maior golpe direto que já sofri”.

Essa declaração ilumina a sutil, porém profunda, importância do Easter Egg de Weapons relacionado a “The Whitest Kids U’Know”. À primeira vista, o almoço meticulosamente preparado por Terry pode parecer um momento descartável, mas ele evoca o mesmo tipo de humor do esquete original “Hot Dog Timmy”. A cena dos cachorros-quentes em “Weapons” é, portanto, tanto divertida quanto comovente em sua homenagem a Trevor Moore.

Ela adiciona uma camada de humanidade e até um toque de humor peculiar à sombria história de terror, mostrando como as pequenas obsessões cotidianas podem persistir mesmo em meio ao caos. No nível mais profundo, a experiência de luto pessoal de Cregger ecoa nos temas do filme, onde a população de Maybrook tenta lidar com uma perda inimaginável. O Easter Egg de Weapons não é apenas uma piada interna, mas um memorial discreto e emotivo, conectando a dor da perda no filme à experiência real de seu criador.

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