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Velozes e Furiosos 11: Orçamento reduzido é bom para Hollywood?

O desenvolvimento de Velozes e Furiosos 11 enfrenta desafios orçamentários, sugerindo uma nova abordagem de Hollywood para megafranquias.

O desenvolvimento de Velozes e Furiosos 11, intitulado provisoriamente Fast X: Part 2, tem sido lento, o que gera preocupação para o capítulo final da saga. No entanto, essa abordagem pode indicar um sinal positivo para a forma como Hollywood lida com suas megafranquias, mostrando mais cautela em relação aos orçamentos.

Já se passaram mais de dois anos desde o final de Fast X, que deixou o público em suspense sobre o desfecho da série no décimo primeiro e último filme. A produção, contudo, não avançou rapidamente, principalmente porque a Universal ainda não deu o sinal verde oficial para o longa. Não há data de lançamento definida e membros do elenco afirmaram ainda não ter visto o roteiro.

Um relatório recente sugere que uma das principais preocupações da Universal é o orçamento do filme. A produtora não estaria disposta a investir mais de US$ 200 milhões, um valor significativamente menor que os gastos de Fast X. Isso exigiria cortes no roteiro, na extensão do elenco e filmagens predominantemente em locações domésticas. Embora isso possa limitar a escala de Velozes e Furiosos 11, outros estúdios podem se inspirar nessa decisão para suas próprias franquias.

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Franquias Gigantes Saíram do Controle na Década de 2010

Em 2009, a estreia de Avatar o consagrou como a maior bilheteria de todos os tempos. Após seu lançamento, Hollywood viveu um boom de blockbusters que ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão. Filmes como Alice no País das Maravilhas, Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas e Transformers: O Lado Oculto da Lua foram exemplos do sucesso que muitas franquias alcançaram na década de 2010.

Essa tendência se manteve até o fim da década, com propriedades como o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e Star Wars dominando as bilheterias. 2019 foi um ano recorde para Hollywood, com nove filmes faturando mais de US$ 1 bilhão mundialmente. Desses, sete foram lançados pela Disney, aproveitando o sucesso de suas franquias.

A saga Velozes e Furiosos foi uma das beneficiadas por esse impulso nas bilheterias. Velozes e Furiosos 5: Operação Kronos, de 2011, transformou a franquia de corridas de rua em uma série de roubos espetaculares, beirando o universo dos super-heróis. Tanto Velozes e Furiosos 7 quanto Velozes e Furiosos 8 ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão, e parecia que a série liderada por Vin Diesel não teria limites.

Contudo, com o aumento dos lucros, os orçamentos de todos os filmes também cresceram. Muitos deles custaram entre US$ 200 e US$ 300 milhões, refletindo a confiança que os estúdios depositavam em suas propriedades mais fortes. Por exemplo, Velozes e Furiosos 8 teve um orçamento de US$ 250 milhões, seguindo o sucesso do sétimo filme.

O mesmo pode ser dito para outras franquias. Cada filme da nova trilogia de Star Wars teve orçamentos superiores a US$ 250 milhões, e Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato tiveram um orçamento de produção combinado de US$ 686 milhões. Muitos desses valores foram justificados, pois os filmes não só se pagaram, como também superaram as expectativas.

Infelizmente, o boom das bilheterias de 2019 sofreu uma parada abrupta em 2020 com a pandemia de COVID-19. A transição do cinema para o streaming também impactou a forma como o público prioriza seus hábitos de visualização. Franquias não estão performando tão bem na década de 2020, e as preocupações da Universal com Velozes e Furiosos 11 demonstram que os estúdios estão mudando sua abordagem em relação a grandes blockbusters.

Hollywood Está Finalmente Aprendendo a Lidar com Franquias Existentes

Desde 2020, apenas nove filmes entraram para o clube de US$ 1 bilhão. Alguns desses sucessos incluem blockbusters padrão de super-heróis como Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e Deadpool & Wolverine, mas também surpresas como Barbie e Top Gun: Maverick. Avatar: O Caminho da Água detém o título de maior bilheteria dos anos 2020, e isso pode continuar com o próximo filme da saga.

No entanto, filmes de US$ 1 bilhão são mais raros nesta década. O público está mais seletivo sobre o que escolhe assistir nos cinemas, e franquias já estabelecidas não são tão consistentes. As únicas propriedades que têm se mostrado confiáveis são Homem-Aranha e Jurassic World.

Ainda assim, muitos orçamentos permanecem altos, apesar do aumento de fracassos de bilheteria. Um exemplo recente notório é Indiana Jones e a Relíquia do Destino. Segundo registros recentes da Disney, o filme com Harrison Ford custou US$ 419 milhões para ser produzido e faturou apenas US$ 384 milhões mundialmente. A Disney teve experiências semelhantes com outras produções.

Os filmes da saga Velozes e Furiosos foram prejudicados por essa desaceleração nas bilheterias, especialmente no mercado doméstico. F9: O Destino de Vin Diesel e Fast X faturaram mais de US$ 700 milhões mundialmente, mas ficaram aquém das receitas totais de seus antecessores. Embora US$ 700 milhões seja impressionante para qualquer outro filme, Fast X teve um orçamento de US$ 340 milhões e precisava de mais para ser um grande sucesso para a Universal.

A contenção da Universal em relação a Velozes e Furiosos 11 sinaliza uma mudança na mentalidade de Hollywood em relação a esse tipo de filme, e é uma mudança que outros estúdios precisam seguir. Embora a franquia ofereça espetáculo de ação grandioso e um elenco estelar que precisa ser pago, não é mais um investimento sábio quando não há garantia de retorno. Manter o orçamento em torno de US$ 200 milhões parece justo, e um faturamento adicional de US$ 700 milhões seria um bom lucro para a Universal. Se esse modelo funcionar, outros estúdios precisam adotar essa abordagem, especialmente com propriedades que carregam mais riscos. Espera-se que Velozes e Furiosos 11 seja produzido para encerrar a franquia da maneira certa.

Fonte: ScreenRant

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