Apesar de ter sido um dos maiores sucessos da TV, The Walking Dead iniciou um declínio drástico a partir da sétima temporada. O episódio de estreia, embora tenso e bem construído, marcou o início dessa queda, com muitos fãs apontando a morte de Glenn como o ponto de virada.
Glenn, interpretado por Steven Yeun, era um dos personagens mais queridos e um verdadeiro azarão na série. Sua brutal morte pelas mãos de Negan, que o espancou com um taco de beisebol na frente de amigos e de sua esposa grávida, gerou grande revolta. Essa cena chocante levou alguns espectadores a abandonarem a série, consolidando-a como um dos momentos mais controversos.
No entanto, a morte de Glenn não foi o único erro da sétima temporada. Uma decisão anterior, que tirou a vida de Abraham, causou um dano ainda maior à série a longo prazo.
Morte de Abraham foi um erro maior que a de Glenn

A morte de Glenn foi divisiva, especialmente pela sua natureza gráfica. Contudo, a decisão de eliminar Abraham poucas cenas antes foi ainda mais prejudicial. O final da sexta temporada deixou em aberto quem Negan escolheria para morrer, um suspense que durou meio ano.
A estreia da sétima temporada revelou que, em vez de seguir a opção dos quadrinhos de matar Glenn, a adaptação optou por matar Abraham primeiro. Essa foi uma estratégia de distração, pois Glenn também foi assassinado por Negan no mesmo episódio, ofuscando completamente os momentos finais de Abraham.
Considerando que Glenn já havia morrido nos quadrinhos e teve várias mortes falsas na série, seu fim era esperado. Abraham, por outro lado, sobreviveu por mais tempo no material original, o que sugere que ele não teve seu arco completo na adaptação da AMC.
Abraham era um personagem popular e estava em transição. Sua eliminação precoce parece um desperdício, pois ele poderia ter contribuído com heroísmo e conflito para a série. Seu temperamento explosivo poderia ter gerado problemas, mas sua experiência em combate ofereceria confrontos interessantes com Negan.
A ausência de um confronto entre Abraham e Beta durante o arco dos Sussurradores também foi uma oportunidade perdida, com potencial ainda maior do que a luta de Daryl contra o tenente dos Sussurradores.
Michael Cudlitz trouxe carisma e profundidade emocional a Abraham, e é frustrante pensar que seu potencial máximo não foi explorado. A série sacrificou isso pelo valor do choque, apesar dos rumores sobre duas vítimas vazarem antes da estreia da sétima temporada.
Abraham deveria ter tido mais tempo na série

Embora a morte de Abraham tenha servido como uma distração eficaz para a saída de Glenn, ele não deveria ter morrido tão cedo. O criador da série admitiu que matou Abraham nos quadrinhos apenas porque achou a edição em que ele morria entediante e precisava de um tempero.
Portanto, a série deveria ter redimido sua morte prematura, concedendo-lhe um papel maior. Ele poderia ter sido uma ajuda significativa na guerra contra os Salvadores. Seu temperamento poderia ter causado conflitos, mas sua experiência em combate traria ótimos confrontos com Negan.
A série The Walking Dead estava disposta a sacrificar o potencial de Abraham pelo valor do choque, mesmo com vazamentos sobre as duas vítimas antes da estreia da sétima temporada.
Fonte: ScreenRant