A cada ano, The Simpsons celebra o Halloween com episódios especiais. A longa tradição dos episódios “Treehouse of Horror” gerou tantas edições que elas próprias podem ser divididas em eras distintas. Desde a segunda temporada da animação, a série presenteia os fãs com histórias assustadoras, e a quantidade já permite classificar os melhores entre os melhores.






Separar por períodos é uma ótima maneira de analisar a evolução. As temporadas 11 a 20 marcam uma fase em que a série apresentava especiais de Halloween com qualidades variadas. Embora muitos sejam clássicos, essa era também começou a mostrar sinais de desgaste, com menos ideias diretamente inspiradas em filmes de terror.
Os Piores Episódios “Treehouse of Horror” de The Simpsons (Temporadas 11-20)
10). Treehouse of Horror XVIII
O final desta era foi inegavelmente o mais fraco, com a série se distanciando das paródias de terror em favor de imitações diretas de filmes. “E.T. Go Home” diverte ao juntar Bart com Kodos, mas termina antes de explorar o potencial. “Mr. & Mrs. Simpson” é uma simples imitação de “Sr. & Sra. Smith”, sem humor ou sustos.
“Heck House” apresenta imagens de inferno, mas é tarde demais para engajar. A proposta de terror se esvai rapidamente.
9). Treehouse of Horror XIX
Marcando o encerramento desta fase, o episódio XIX traz um fechamento razoável. No entanto, a falta de terror se mantém. “Untitled Robot Parody”, uma paródia de Transformers, falha em gerar risadas ou medo. “How to Get Ahead in Dead-Vertising” tem uma premissa única com Homer matando celebridades para usar suas imagens em anúncios, mas o final é confuso, com Homer saindo ileso.
A salvação vem com “It’s the Grand Pumpkin, Milhouse”, uma releitura do clássico “It’s the Great Pumpkin, Charlie Brown”. O segmento traz um estilo visual renovado e um final divertido onde o espírito do Dia de Ação de Graças é sacrificado. Um desfecho agradável para um ano mediano.
8). Treehouse of Horror XII
Os primeiros anos desta década não escaparam dos problemas. “Hex and the City” falha em seu humor, especialmente com a piada do duende. “House of Whacks”, com a casa inteligente dublada por Pierce Brosnan, é um ponto alto e visionário. Contudo, “Wiz Kids”, uma paródia de Harry Potter, decepciona.
Apesar das falhas, “House of Whacks” se destaca, com a revelação de Homer sem a parte de trás da cabeça sendo uma das melhores piadas de “Treehouse of Horror”.
7). Treehouse of Horror XVI
O episódio XVI oferece diversão, começando com “B.I. Bartificial Intelligence”, que brinca com a morte de Bart e a introdução de um filho robô. “Survival of the Fattest” mantém o ritmo com a caça de homens de Springfield por Mr. Burns, apesar de um final anticlimático.
A criatividade brilha em “I’ve Grown a Costume to Your Face”, onde uma bruxa transforma a cidade em suas fantasias de Halloween. Apesar de curto, o segmento é repleto de piadas visuais e momentos cômicos.
6). Treehouse of Horror XIV
Este episódio se destaca pela força do segmento “Reaper Madness”, onde Homer assume o papel do Ceifador, causando mortes com humor. “Frinkenstein”, que introduz o pai do Professor Frink, é menos inspirado, mas não compromete o conjunto.
“Stop the World, I Want to Goof Off” resgata o bom humor, com Bart e Milhouse capazes de parar o tempo. A ideia gera piadas inteligentes e uma versão alternativa de Bart que agrada aos fãs.
5). Treehouse of Horror XIII
O episódio XIII é especial por ser o primeiro a ser oficialmente nomeado “Treehouse of Horror”. Apresenta três segmentos fortes: “Send in the Clones”, com um exército de Homers, e “The Fright to Creep and Scare Arms”, onde foras-da-lei mortos retornam a Springfield. “The Island of Dr. Hibbert” transforma os habitantes em animais no estilo de Dr. Moreau.
Embora não seja focado em terror, os segmentos mantêm as raízes que tornaram os especiais anteriores tão marcantes.
4). Treehouse of Horror XVII
Um destaque inesperado no final da década. “Married to the Blob” mostra Homer se tornando uma gosma espacial faminta. “You Gotta Know When to Golem” apresenta um monstro interessante, mas com piadas que não envelheceram bem.
“The Day the Earth Looked Stupid” insere a transmissão de “A Guerra dos Mundos” de Orson Welles em um Springfield em tons de sépia. O tom amargo do final, típico de boas histórias de terror, o torna memorável.
3). Treehouse of Horror XV
“The Ned Zone” abre com piadas sobre Ned Flanders tentando salvar Homer. “Four Beheadings and a Funeral” ambienta-se na Inglaterra do século XVI, com humor sombrio. “In the Belly of the Boss”, uma paródia de “Fantastic Voyage”, traz piadas de ficção científica dos anos 60.
Apesar da falta de momentos genuinamente assustadores, o episódio oferece diversão contínua e visuais marcantes.
2). Treehouse of Horror X
Os dois últimos desta lista trazem mais elementos de terror. “I Know What You Did Last Summer” mostra Ned Flanders buscando vingança após ser morto pelos Simpsons. “Desperately Xeeking Xena” compensa a falta de terror com piadas e a participação especial de Lucy Lawless.
“Life’s a Glitch, Then You Die” aborda o pânico do Y2K com um dos finais mais sombrios da série, transmitindo a ideia de um apocalipse tecnológico.
1). Treehouse of Horror XI
O episódio XI é o mais forte desta era, com três segmentos notáveis. A abertura parodia “The Munsters”, com todos morrendo. “G-G-Ghost D-D-Dad” apresenta um Homer fantasma com 24 horas para fazer uma boa ação, matando Agnes Skinner no processo.
“Scary Tales Can Come True” oferece uma versão sombria de contos de fadas, com a bruxa sendo queimada viva. “Night of the Dolphin” mostra golfinhos invadindo a terra, forçando humanos a retornar ao mar, com muitas mortes e um final desesperançoso.
O episódio é incrivelmente bem produzido, rivalizando com temporadas anteriores.



Fonte: ComicBook.com