The Seduction: Adaptação da HBO Max é sensual, mas falha em profundidade

A adaptação de ‘Dangerous Liaisons’ pela HBO Max, ‘The Seduction’, é visualmente atraente e sensual, mas falha em desenvolver sua narrativa e personagens.

The Seduction, adaptação de Dangerous Liaisons, explora a sedução e as situações sexuais como meios para obter poder e vingança. Inspirada no romance francês de 1782 e no filme de 1988, a minissérie de seis episódios busca uma narrativa fresca, mas familiar.

Nesta versão, Isabelle de Merteuil (Anamaria Vartolomei) é traída por seu amante, o Visconde de Valmont (Vincent Lacoste). Guiada por Madame de Volanges (Sandrine Blancke), ela inicia uma jornada de sedução para ascender socialmente e se tornar a cortesã de maior prestígio em Paris.

A série adota um tom de drama erótico, com cenas de paixão intensa focadas na busca por poder. No entanto, o erotismo e as jogadas de poder começam a se arrastar, e a narrativa circular não explora totalmente os temas propostos, apesar de atuações e cinematografia cativantes.

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A Sedução Subverte Expectativas Sobre Empoderamento Feminino

Gercourt com expressão séria em The Seduction

A série enfatiza como, naquela época na França, as mulheres eram vistas como inferiores aos homens, e como elas usavam a sexualidade para ascender socialmente. A intenção é transmitir uma mensagem de empoderamento através das maquinações de Isabelle, mas a apresentação foca excessivamente no sexo como única moeda de poder, o que faz algumas personagens femininas parecerem sem agência.

A narrativa é prejudicada por tramas e personagens secundários pouco convincentes. Madame de Tourvel (Noée Abita), apesar da atuação competente, não se destaca, assim como a maioria dos personagens. O conflito entre Valmont e o Conde de Gercourt (Lucas Bravo) carece de profundidade, e algumas viradas de personagem parecem abruptas, diminuindo o impacto de eventos importantes.

Apesar das Falhas, The Seduction é Bem Produzida Tecnicamente

Isabelle e Valmont se beijando em The Seduction

Apesar das falhas narrativas, a produção é tecnicamente competente. O ritmo é constante, e os episódios não parecem vazios. A cinematografia é elegante, conferindo à minissérie a aparência de um filme longo.

As cenas mais intensas são bem executadas, retratando a troca de poder através da luxúria. A complexidade do ato e o prazer são explorados, embora nem sempre de forma equilibrada. Contudo, a falta de uma história e personagens fortes faz com que esses elementos visuais se tornem superficiais.

The Seduction pode interessar aos fãs da obra original e de suas adaptações cinematográficas. A produção possui qualidades redimíveis, como o brilho visual e as atuações, mas estas não superam a sensação de que a história poderia ter sido muito mais impactante.

The Seduction estreou em 14 de novembro na HBO Max, com episódios lançados semanalmente.

Fonte: ScreenRant

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