Dark Mode Light Mode

The Black Phone 2: Sequência aterrorizante expande a mitologia

Review de The Black Phone 2: a sequência aterrorizante expande a mitologia do Grabber e dos irmãos com visual estiloso e suspense, apesar de falhas de ritmo.

The Black Phone 2, a aguardada sequência do sucesso da Blumhouse, chega aos cinemas expandindo a mitologia estabelecida em 2022. Apesar do final definitivo do primeiro filme, onde o assassino The Grabber (Ethan Hawke) morre e os irmãos Finney (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw) se reencontram, a produção encontrou uma nova forma de justificar sua existência, explorando ainda mais o terror e o gênero mashup que consagraram o original.

Novos Horrores Após Quatro Anos

Ambientada quatro anos após os eventos traumáticos do primeiro filme, The Black Phone 2 apresenta Finney e Gwen marcados pela experiência. Finney, agora um adolescente problemático, luta para lidar com o trauma e o ato de ter matado seu sequestrador. Gwen, por sua vez, sofre com o ostracismo devido às suas habilidades paranormais, tornando-se uma pária na escola. A ligação entre os irmãos com o plano espiritual é novamente testada quando eles são atraídos para o Alpine Lake, um acampamento cristão com conexões profundas com sua mãe, Hope Adler (Anna Lore), e o próprio Grabber.

O filme consegue reescrever o cânone sem contrariar as regras estabelecidas anteriormente. O diretor e co-roteirista Scott Derickson explora os limites do universo criado, resultando em uma experiência cinematográfica inesperadamente audaciosa e hipnotizante por boa parte de sua duração. Embora o roteiro enfrente desafios com o ritmo e transições de tom abruptas, estes não são suficientes para comprometer a qualidade geral da sequência.

Publicidade

Visual e Trilha Sonora Impecáveis

Desde o primeiro momento, The Black Phone 2 impressiona visualmente. O orçamento de US$ 30 milhões permitiu a Derickson criar um filme de terror estiloso, que vai além da atmosfera dos anos 70 do original. Explorando os poderes psíquicos de Gwen, o filme intercala cenas da realidade com paisagens oníricas em grão, evocando elementos de horror analógico e até mesmo de found footage. A trilha sonora, composta por Atticus Derickson, utiliza sintetizadores para criar uma atmosfera arrepiante que intensifica cada momento de tensão.

A cinematografia de Pär M. Ekberg também se destaca, especialmente nas cenas noturnas e em campos nevados. Ao contrário da tendência recente de filmes de terror em sacrificar a clareza visual em nome da atmosfera, The Black Phone 2 mantém a ação visível, adicionando um tom azulado a certas tomadas que realça a estética moderna e sombria do filme.

Desafios de Ritmo e Tom

Apesar de suas qualidades, The Black Phone 2 não está isento de falhas. O roteiro, assinado por Derickson e C. Robert Cargill, hesita em equilibrar o suspense orgânico com a explicação das regras sobrenaturais, resultando em cenas expositivas que quebram o ritmo. A duração de quase duas horas também contribui para que a última parte do filme se torne um tanto arrastada, prejudicando o momentum geral.

As cenas de drama adolescente também não atingem seu potencial máximo. Embora Derickson seja um mestre do terror, as sequências mais emocionais, com reflexões sobre sentimentos dos personagens, por vezes soam excessivamente doces e deslocadas, contrastando com o tom geral do filme. Além disso, o cenário de acampamento cristão, que prometia discussões filosóficas sobre fé e poder superior, acaba sendo superficial, com diálogos que pouco agregam à trama ou aos personagens.

Apesar desses pontos, The Black Phone 2 oferece uma experiência divertida, cheia de sustos e tensão genuína, tornando-se uma recomendação sólida para fãs de terror. A sequência consegue manter o nível do original, introduzindo novidades que mantêm o público engajado. Com a possibilidade de um terceiro filme, a expectativa é que Derickson continue a explorar o potencial sombrio desta franquia.

Fonte: ComicBook.com

Add a comment Add a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Previous Post

Disney: 102 anos de história, do início humilde ao império global

Next Post

Peacemaker: Final da 2ª Temporada Prepara Nova Série do DCU

Publicidade