A Netflix confirmou a aquisição dos direitos para reviver “T. J. Hooker”, a adorada série policial dos anos 80 que marcou época.
Contudo, o tão aguardado reboot de T. J. Hooker Netflix pode não ser exatamente o que os fãs mais fervorosos esperavam.
Longe de ser uma nova série de TV ou um drama policial sombrio, a plataforma de streaming pretende transformar a história em um longa-metragem. A grande surpresa. A nova versão adotará uma abordagem de comédia de ação, inspirada, em parte, pelo sucesso recente de produções como “Corra que a Polícia Vem Aí.
“. Essa guinada para o humor representa uma quebra significativa em relação ao tom original da série, que cativou espectadores por cinco temporadas na CBS, estrelada pelo icônico William Shatner. Para essa nova empreitada, a Netflix já recrutou Jarrad Paul e Andy Mogel para assinar o roteiro, com Sophie Cassidy, Matt Crespy, Adrian Askarieh e Alex Westmore na produção.
A escolha de um gênero que mistura ação e comédia pode ser uma tentativa de atrair um público mais amplo, ao mesmo tempo em que se distancia de clichês do drama policial moderno. Originalmente, “T. J.
Hooker” era centrado em William Shatner no papel-título: um sargento incorruptível que, após a perda de um parceiro em serviço, retorna ao patrulhamento e se dedica a treinar novos recrutas. Entre os novatos que passaram sob sua tutela estavam Adrian Zmed, April Clough e Heather Locklear. A série era conhecida pela bússola moral inabalável de Hooker e sua recusa em fazer concessões, frequentemente resultando em narrativas impulsionadas por sua busca implacável pela justiça.
No entanto, a série original também fazia uso considerável de violência, algo que dificilmente seria bem recebido pelo público atual sem adaptações. A transição para uma comédia de ação sugere que a premissa terá que se ajustar às sensibilidades modernas, talvez relegando o personagem principal a um papel mais cômico, ou encontrando um equilíbrio delicado entre a seriedade e o humor. Espera-se que essa conciliação seja mais fácil de alcançar em um filme de duração limitada do que em uma série de longa duração.
Apesar de seu status cult, “T. J. Hooker” teve uma vida relativamente curta para os padrões da TV de rede da época, com apenas 91 episódios, o que a impediu de alcançar a sindicalização e de ser frequentemente vista em reprises hoje.
Ainda assim, há uma base de fãs dedicados que ficará, sem dúvida, satisfeita em ver a série ressurgir quatro décadas após sua estreia original. Atualmente, a série clássica está disponível para streaming gratuito no Tubi para quem quiser revisitar suas origens. Quanto ao lendário William Shatner, hoje com 94 anos, não há informações sobre um possível envolvimento dele no remake.
Embora o ator tenha reduzido suas aparições públicas nos últimos anos, ele historicamente demonstrou apoio a sequências e reboots de seus trabalhos. Seria fácil imaginar que esta seria uma exceção em sua agenda, talvez com uma participação especial. Muitas perguntas ainda pairam no ar antes que o Sargento Hooker volte às ruas de Los Angeles, já que nem a agenda de produção nem a data de lançamento foram anunciadas.