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Supernatural: Os 10 Episódios Mais Emocionantes Que Marcaram o Coração dos Fãs

11 de julho de 2025

Supernatural: Os 10 Episódios Mais Emocionantes Que Marcaram o Coração dos Fãs

Supernatural nunca foi apenas sobre monstros assustadores, mitologia épica, anjos ou o apocalipse iminente. No seu cerne, a série sempre girou em torno de família, o embate entre o livre-arbítrio e as armadilhas do destino, a icônica Impala e as escolhas impossíveis. Acima de tudo, era a história de dois irmãos que encontravam esperança na dor, ternura apesar do trauma, e um ao outro no fim e no começo de cada luta e queda.

Embora fosse divertido vê-los caçar wendigos, enfrentar anjos e confundir Crowley (Mark Sheppard) repetidas vezes, os momentos e os episódios que verdadeiramente marcaram foram aqueles que nos deixaram em pedaços no chão, chorando por dias. Como boas cicatrizes, esses episódios de Supernatural nos lembram de sua presença nos momentos mais inesperados, doendo como no dia em que foram gravados em nossas memórias. ‘All Hell Breaks Loose, Parte 2’ (2ª Temporada, Episódio 22) foi um dos primeiros a me fazer ver Supernatural além de um mero show de monstros.

Dean (Jensen Ackles), sentado ao lado do corpo sem vida de Sam (Jared Padalecki), completamente destruído, era a personificação da dor em tempo real. Sua voz embargada, suas palavras tropeçando, sem a fachada do caçador durão, apenas a dor crua e insuportável. Sentimos cada segundo de seu desespero, cada grama de amor que o impulsiona a fazer um pacto que lhe custará tudo.

O que piorou foi saber que não era apenas sobre salvar Sam, mas sobre Dean não saber como viver sem ele. Esse pacto demoníaco foi o início de uma longa e dolorosa espiral, e mal percebíamos. O episódio encapsula perfeitamente o coração da série: os Winchesters escolhendo um ao outro repetidamente, mesmo que isso os destrua.

‘Heart’ (2ª Temporada, Episódio 17) também nos pegou de surpresa. Sam abre um pouco seu coração, algo raro, e o vemos com alguém que revela seu lado gentil e esperançoso. Mas, claro, é Supernatural, então esse vislumbre de felicidade é breve.

Quando Madison (Emmanuelle Vaugier) pede a Sam para matá-la antes que ela perca o controle, o coração partido é silencioso e pessoal. A parte que realmente ficou foi como Dean espera do lado de fora, dando espaço a Sam, mas também carregando o peso. Você o vê estremecer quando ouve o tiro.

O silêncio que se segue é ensurdecedor. É um desses momentos em que a série nos lembra que salvar pessoas nem sempre parece uma vitória; é dever diante da dor, é luto e, ainda assim, fazer a coisa certa. ‘Swan Song’ (5ª Temporada, Episódio 22) parece uma final de série porque foi feito para ser, e emocionalmente, ele entrega absolutamente tudo.

Cada acontecimento leva àquele confronto final entre Sam/Lúcifer e Dean. Sam consegue se libertar ao se lembrar de algo tão simples: o soldadinho de brinquedo preso no cinzeiro da Impala. É um lembrete de que, mesmo em uma série cheia de anjos e demônios, são os momentos e as conexões humanas que mais importam.

O que foi especialmente desolador de assistir foi a decisão de Dean de estar lá para Sam, mesmo que isso significasse vê-lo cair no Inferno. E então aquela cena final com Sam parado do lado de fora da casa de Lisa (Cindy Sampson) e Ben (Nicholas Elia), apenas observando. Não dizendo nada, porque não precisava para que entendêssemos a dor silenciosa de ver Dean feliz, verdadeiramente feliz, em uma vida da qual ele não fazia mais parte.

Em ‘Abandon All Hope’ (5ª Temporada, Episódio 10), começamos pensando que talvez, apenas talvez, eles conseguiriam. Jo (Alona Tal), Ellen (Samantha Ferris), a Colt, Lúcifer (Mark Pellegrino) em sua mira. Há impulso, há fogo.

E então Jo é ferida, e percebemos que ninguém está seguro. A morte dela já seria difícil o suficiente, mas Ellen escolhendo morrer com a filha. É aí que a dor atinge mais forte.

O adeus delas é um dos momentos mais ternos e corajosos que a série nos proporcionou. O rescaldo é igualmente poderoso. A forma como Dean e Sam olham quando Bobby (Jim Beaver) joga a foto delas no fogo fala volumes sobre seu luto.

É devastador em sua simplicidade. A série não se detém na dor com monólogos ou trilhas sonoras dramáticas; ela apenas a permite ser. E de alguma forma, essa contenção faz com que a cena seja ainda mais impactante.

Mesmo em uma série cheia de morte e perda, acho que ninguém esperava que Bobby (Jim Beaver) realmente morresse. Ele sempre foi a rocha, aquele que mantinha o forte e a luz da varanda acesa para que os garotos pudessem sempre encontrar o caminho de casa. Mas então a série fez o impensável.

Não sem antes arrancar nossos corações nos momentos antes de ele partir. Seus arrependimentos, sua dor, seu amor pelos meninos — tudo isso jorrou enquanto ele vagava por suas memórias. Vê-lo revisitar seu trauma de infância e a alegria tranquila de observar um jovem Dean brincar de pegar foi dilacerante.

E então veio o momento em que ele acordou tempo suficiente para dizer ‘Idjits’. Clássico Bobby. Mas por trás daquela risada havia algo profundo e devastador.

Afinal, aquilo não era apenas um apelido. Era amor. Era um adeus.

Era tudo o que Bobby queria dizer sem ser sentimental. E quando o monitor cardíaco apitou, o mundo dos irmãos Winchester, e o nosso, nunca mais foi o mesmo. Esses episódios de Supernatural transcendem a fantasia e o terror para tocar na essência da condição humana: o amor incondicional, a dor da perda e a resiliência do espírito.

São momentos que solidificam o legado de uma série que, por mais de uma década, nos ensinou que, no fim das contas, a família é a maior batalha e a maior recompensa de todas.

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