Supergirl: 10 falhas na série que ficaram evidentes 10 anos depois

Revisitar Supergirl 10 anos depois revela falhas na série, como a semelhança com Clark Kent, relações problemáticas e um final insatisfatório para Kara.

Dez anos após sua estreia, Supergirl, uma das séries de super-heróis mais populares da The CW, revela suas falhas com o passar do tempo. Embora a interpretação de Melissa Benoist como Kara Zor-El tenha sido marcante, a série enfrentou limitações que impactaram sua qualidade.

Lançada em 2015, Supergirl inicialmente no CBS e depois migrando para a The CW, tornou-se parte integrante do universo Arrowverse. No entanto, a adaptação nem sempre foi fiel aos quadrinhos, e algumas mudanças, embora intencionais, destacam as deficiências da série ao ser revisitada.

Kara Zor-El: Uma Clark Kent Genderbent?

Uma das críticas mais recorrentes é que a identidade secreta de Kara Danvers, em Supergirl, frequentemente se assemelhava à de Clark Kent. O uso de óculos como disfarce principal e a maneira como ela lidava com seu trabalho em CatCo Worldwide Media, sob a tutela de Cat Grant, pareciam uma cópia feminina de Superman.

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Jeremy Jordan como Winn e Melissa Benoist como Kara em Supergirl
Jeremy Jordan como Winn e Melissa Benoist como Kara em Supergirl
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Embora houvesse diferenças entre o Daily Planet de Clark e a CatCo de Kara, a falta de distância significativa entre os papéis enfraqueceu a individualidade da personagem. Em vez de uma figura totalmente realizada, Supergirl muitas vezes parecia uma versão feminina do Superman.

DEO: Centralização Excessiva em Equipe

A série também foi criticada por centralizar excessivamente Kara no Departamento de Operações Extranormais (DEO), uma agência governamental encarregada de monitorar seres alienígenas. Embora Kara tenha se tornado aliada do DEO, sua constante subordinação a uma organização governamental, em vez de agir por conta própria, parece ter limitado seu potencial como heroína.

Alex (Chyler Leigh), Hank (David Harewood) e Kara (Melissa Benoist) em Supergirl
Alex (Chyler Leigh), Hank (David Harewood) e Kara (Melissa Benoist) em Supergirl
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A heroína se viu frequentemente restringida pela burocracia e hierarquias corporativas, mesmo em situações de vida ou morte. Embora a colaboração seja importante, a rápida transformação de Kara em uma arma do governo foi um deslize significativo.

Relação Fraternal com Alex Danvers

A dinâmica entre Kara e sua irmã adotiva, Alex Danvers, também foi um ponto de crítica. Em vez de um vínculo inabalável, a relação frequentemente apresentou desconexões e conflitos. Alex chegou a usar kryptonita contra Kara e a reter informações importantes, demonstrando uma falta de confiança e apoio inconsistentes.

Chyler Lee como Alex e Melissa Benoist como Kara Danvers em Supergirl.
Chyler Lee como Alex e Melissa Benoist como Kara Danvers em Supergirl.
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Mesmo com momentos heroicos, o amor de Alex por Kara muitas vezes pareceu condicional, o que contrasta com a expectativa de um forte vínculo fraternal retratado em outras mídias.

A Desnecessidade dos “Superfriends”

A introdução dos “Superfriends”, um grupo de heróis formado por personagens secundários como Alex (agora Sentinela), Jimmy Olsen (Guardião) e Lena Luthor, é vista como um ponto fraco. Embora tenha permitido o desenvolvimento desses personagens, o grupo acabou ofuscando Supergirl e diluindo o foco principal da série.

Supergirl Super FriendsMovieStillsDB

A série poderia ter se beneficiado de um foco mais aguçado em Kara, em vez de dispersar a atenção em múltiplos heróis.

Potencial Ignorado da Relação Kara-Lena

A amizade entre Kara e Lena Luthor, interpretada por Katie McGrath, era uma das mais cativantes da série. Apesar da química inegável e do apoio dos fãs ao casal “Supercorp”, a relação permaneceu estritamente platônica, ignorando o potencial para um arco romântico “inimigos para amantes” que poderia ter enriquecido a narrativa e atraído mais audiência.

Melissa Benoist como Kara Danvers e Katie McGrath como Lena Luthor em Supergirl.
Melissa Benoist como Kara Danvers e Katie McGrath como Lena Luthor em Supergirl.
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A falta de desenvolvimento romântico para o casal “Supercorp”, especialmente considerando a representatividade LGBTQ+ já estabelecida na série através de Alex, deixou uma lacuna para muitos fãs.

Ação e Efeitos Visuais Datados

Com o passar de dez anos, os efeitos visuais e as sequências de ação de Supergirl tornaram-se visivelmente datados. As limitações tecnológicas de 2015, como CGI rudimentar e coreografias de luta estáticas, contrastam com os padrões atuais, tornando algumas cenas menos impactantes.

Melissa Benoist em luta em Supergirl
Melissa Benoist em luta em Supergirl
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A série sofreu com a evolução tecnológica, um destino comum a muitas produções de ficção científica.

Comparações Desfavoráveis com Superman

A série frequentemente recorreu ao Superman para elevar Supergirl, mas isso acabou por diminuir a estatura de ambos os personagens. As comparações com Clark Kent, especialmente em termos de força e feitos, muitas vezes deixaram Kara em desvantagem, sem necessidade de depreciar o primo para estabelecer sua própria força.

Tyler Hoechlin como Superman em Supergirl.
Tyler Hoechlin como Superman em Supergirl.
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A série falhou em explorar a dinâmica única entre os dois Kryptonianos de forma equilibrada, optando por torná-lo um mero trampolim para o desenvolvimento de Kara.

Relacionamento Tóxico com Mon-El

O relacionamento de Kara com Mon-El (Chris Wood) é frequentemente citado como um dos pontos baixos da série. Sua personalidade inicial arrogante e tendências misóginas tornaram difícil para os espectadores se conectarem com o casal. A decisão de Kara de investir em um relacionamento com ele, apesar de seu comportamento, foi confusa para muitos.

Mon-El (Chris Wood) e Kara Zor-El (Melissa Benoist) em Supergirl.
Mon-El (Chris Wood) e Kara Zor-El (Melissa Benoist) em Supergirl.
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A trama romântica com Mon-El, muitas vezes vista como desnecessária, tirou o foco do desenvolvimento de Kara como heroína independente.

Feminismo Superficial

Embora Supergirl tenha abordado temas de empoderamento feminino, a abordagem muitas vezes foi superficial. Monólogos sobre “girl power” e discussões sobre questões reais, embora bem-intencionadas, careciam de nuance e complexidade, especialmente para os padrões de 2025.

Kara Danvers (Melissa Benoist) e Cat Grant (Calista Flockhart) em Supergirl
Kara Danvers (Melissa Benoist) e Cat Grant (Calista Flockhart) em Supergirl
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A série poderia ter se aprofundado em narrativas mais sutis e ideologicamente complexas para explorar o feminismo de forma mais significativa.

Final Incompleto para Kara

O final de Supergirl deixou Kara Danvers sem um desfecho romântico satisfatório. Embora a série tenha permitido que ela revelasse sua identidade secreta, a protagonista terminou a série sozinha, contrariando seu desejo expresso de não acabar solitária.

Melissa Benoist como Kara em Supergirl temporada 5
Melissa Benoist como Kara em Supergirl temporada 5
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O final, onde Kara se sente deslocada mesmo sendo a personagem principal, acabou sendo pouco gratificante e irrealista, ignorando os perigos que antes impediam sua revelação pública.

Fonte: ScreenRant

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