O mestre do terror, Stephen King, conhecido por obras como It: A Coisa e Carrie, A Estranha, revelou recentemente o que mais o incomoda nos filmes de super-heróis atuais. Em uma entrevista recente, o autor expressou sua frustração com um aspecto específico do gênero.

Segundo King, o problema central reside na maneira como os filmes de super-heróis retratam a violência. Ele critica a falta de consequências reais e duradouras para as ações dos personagens, especialmente nas cenas de luta. A sensação de que tudo pode ser resolvido com um simples soco e uma piada subsequente é algo que ele considera incorreto.
“Há algo inerentemente errado com a forma como a violência é retratada nestes filmes”, disse King. “É tudo muito limpo, muito sem consequências. Os heróis dão socos e os vilões caem, sem nenhum dano real. A violência é desenfreada, porém sem peso.”
A declaração de King destaca uma crítica frequente feita a muitos filmes de super-heróis: a falta de realismo e a tendência de priorizar a ação espetacular em detrimento de uma narrativa mais profunda e consequente. A falta de consequências para as ações dos personagens pode ser vista como um desserviço à narrativa, deixando a violência sem peso e sem significado.
A Visão de Stephen King Sobre o Gênero de Super-Heróis
King não é o primeiro a criticar a maneira como a violência é tratada nos filmes de super-heróis. Muitos críticos de cinema têm apontado para a falta de realismo e consequências, argumentando que isso pode tornar os filmes menos impactantes e menos envolventes para o público. A opinião do autor lendário adiciona peso a essa discussão, mostrando que a questão vai além do público.
Em seus próprios trabalhos, King explora a violência de forma muito diferente, mostrando suas consequências devastadoras e o impacto psicológico que ela causa nos personagens. A brutalidade de suas histórias costuma refletir a realidade de forma mais crua, contrastando com a abordagem muitas vezes fantasiosa dos filmes de super-heróis modernos.
O que Diferencia as Obras de Stephen King
Ao comparar as obras de King com os filmes de super-heróis, uma grande diferença se destaca: a exploração das consequências da violência. Em seus livros, a violência não é apenas uma ferramenta narrativa, mas um elemento transformador que molda os personagens e o mundo ao redor deles. Este elemento muitas vezes se destaca em obras como O Iluminado e It: A Coisa. As obras do autor nos deixam com uma sensação de incerteza, de pavor. É o impacto psicológico que diferencia a violência em suas obras.
A visão de King sobre os filmes de super-heróis serve como um lembrete importante de que a violência na ficção pode e deve ser abordada de maneiras mais complexas e significativas. Em vez de ser apenas um espetáculo para entreter, a violência pode ser uma ferramenta para explorar temas profundos e consequências reais sobre os personagens.
O Futuro dos Filmes de Super-Heróis
Apesar das críticas, o gênero de super-heróis continua a dominar as bilheterias. No entanto, a crítica de King levanta uma questão sobre o futuro do gênero: Será que os filmes de super-heróis precisam se adaptar a uma narrativa mais profunda e consequente? É possível que as mudanças na narrativa passem a abordar questões de realismo e consequências, tornando a experiência do espectador mais impactante?
A indústria cinematográfica já demonstra sinais de evolução. Filmes como O Cavaleiro das Trevas, dirigido por Christopher Nolan, já mostraram que é possível abordar a temática de heróis de forma mais sombria e realista. O questionamento de King reforça a necessidade de uma abordagem mais reflexiva e impactante para que a violência não se torne um elemento banal.