Steven Spielberg, o mestre do cinema, já declarou abertamente sua admiração por um filme que considera a maior obra-prima americana já feita: Casablanca (1942). Mas, para além do elogio, a obra-prima de Michael Curtiz oferece uma crítica contundente à história dos Estados Unidos, analisando temas complexos e polêmicos que ressoam até os dias atuais.




Lançado em meio à Segunda Guerra Mundial, Casablanca retrata a realidade sombria da época, mostrando os dilemas morais de personagens envolvidos no conflito e na fuga de refugiados. O filme não se esquiva das contradições da sociedade americana, mostrando um retrato complexo e por vezes cruel da política externa e do comportamento de seus cidadãos.

A crítica social em Casablanca
Casablanca não glorifica o heroísmo americano de forma simplista. Ao contrário, apresenta um retrato nuançado, confrontando a idealização do país com a dura realidade de seus atos. O filme critica o isolacionismo e a indiferença de alguns americanos frente à guerra, enquanto destaca a bravura e a resiliência dos personagens que se veem em meio à opressão e incertezas.
A trama envolve questões como o racismo, o preconceito e a desigualdade social que marcaram a época, oferecendo uma visão crítica sobre o contexto histórico. A complexidade dos personagens e suas motivações demonstram a falta de clareza que os bons e maus intencionados podem possuir em épocas de crise, mostrando que nem todos os atos são definidos de forma tão simples.

O legado duradouro de Casablanca
O impacto de Casablanca vai além de sua época. O filme continua a gerar debates e interpretações diversas, prova de seu poder de reflexão sobre temas universais como amor, sacrifício, liberdade e responsabilidade moral. Sua influência no cinema é inegável, servindo como inspiração para inúmeros diretores e roteiristas.
Ainda hoje, podemos encontrar em Casablanca uma crítica contundente à política internacional e aos desafios da humanidade. O filme nos lembra da importância de empatia, solidariedade e de lutar contra a injustiça, temas sempre atuais e relevantes.
Casablanca não é apenas um filme de época; é uma obra-prima que transcende gerações, questionando a própria identidade americana e o papel dos Estados Unidos no cenário mundial. A escolha de Spielberg em apontá-lo como o “maior filme americano” é um reconhecimento atemporal de sua importância e legado duradouro.
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