O gênero de terror found-footage, que se apoia na imersão do espectador em filmagens encontradas, encontra em Shelby Oaks uma oportunidade perdida. O filme, dirigido por Chris Stuckmann, começa com uma premissa promissora, mas rapidamente abandona o formato de documentário falso em favor de um thriller convencional, mergulhando em clichês desgastados.



Um início frustrante
A abertura de Shelby Oaks apresenta a equipe de investigadores paranormais “Paranormal Paranoids” e seu desaparecimento misterioso há 12 anos. A narrativa acompanha Mia, irmã de uma das integrantes, que recebe uma fita com o título “Shelby Oaks” de um homem que logo em seguida tira a própria vida. A fita revela as últimas investigações do grupo em uma cidade abandonada, culminando em mortes violentas, mas poupando Riley, uma das protagonistas.

Apesar de uma premissa com potencial, Shelby Oaks falha em manter o suspense. A decisão de Mia de investigar sozinha, ignorando a ajuda policial e se aventurando em um local conhecido por ser assombrado, beira o ridículo. A justificativa apresentada é frágil e expositiva, enfraquecendo a credibilidade da personagem e da trama.
Um festival de clichês de terror
O filme tropeça em uma série de clichês de terror: sustos mal executados, personagens com decisões questionáveis e uma atmosfera genérica. A trilha sonora, as aparições de figuras sombrias e a pesquisa em livros antigos compõem um roteiro previsível.
Apesar das revelações perturbadoras que surgem mais tarde, o caminho até elas é marcado pela monotonia e atuações pouco convincentes. O filme peca por apresentar uma abordagem convencional, sem explorar a originalidade que o formato found-footage poderia oferecer. As performances, em geral, são um ponto fraco, contribuindo para a sensação de tédio.
Fonte: ScreenRant