Os anos 90 foram uma década repleta de séries de TV populares em todos os gêneros. Grandes sucessos como Buffy the Vampire Slayer, The X-Files e dramas jurídicos como Law & Order marcaram época. No entanto, muitas produções excelentes daquela época acabaram sendo esquecidas com o tempo.
Embora sitcoms como Friends e Seinfeld continuem relevantes, há joias escondidas que merecem mais atenção. De comédias com atores queridos a programas infantis educativos, estas séries de alta qualidade foram injustamente ignoradas pela cultura pop.
Becker (1998-2004): O médico rabugento de Ted Danson

Enquanto Cheers é um dos papéis mais lembrados de Ted Danson, ele também estrelou Becker, uma sitcom que durou seis temporadas. Na série da CBS, Danson interpretava o Dr. John Becker, um médico cínico e frequentemente insatisfeito com seu trabalho.
Apesar do sucesso de Cheers e seu romance icônico, Becker oferece uma performance cativante de Danson como um personagem confiante, embora pouco simpático. A série explora o humor nas frustrações cotidianas do protagonista.
Ghostwriter (1992-1995): Mistério e leitura para crianças

Mesmo com um revival em 2019, Ghostwriter ainda não recebe o reconhecimento que merece. A série da PBS/BBC Two combinava o amor pela leitura com o gênero de suspense, apresentando crianças que desvendavam mistérios em cada episódio.
O elemento mais cativante era a presença de um espírito prestativo e gentil. Ghostwriter é uma série que, mesmo para adultos, encanta ao contar histórias intrigantes e celebrar o prazer de se perder em um bom livro.
Sisters (1991-1996): Drama familiar na NBC

O drama da NBC Sisters acompanhava a vida de quatro irmãs, explorando seus relacionamentos amorosos, carreiras e a dinâmica familiar em constante mudança. O elenco principal contava com talentos como Swoosie Kurtz, e participações de George Clooney, Paul Rudd e Ashley Judd.
Em meio a tantos dramas dos anos 90, Sisters acabou se perdendo. Embora compartilhasse temas familiares com séries como Party of Five e Charmed, a série se destaca por seu tom charmoso e realista, sendo uma ótima opção para quem valoriza laços familiares.
Weird Science (1994-1998): A versão sitcom do clássico dos anos 80

O filme Weird Science de 1985 é conhecido, mas a sitcom inspirada nele nos anos 90 é frequentemente esquecida. Assim como o filme, a série seguia os adolescentes Wyatt Donnelly e Gary Wallace, cuja invenção de uma garota chamada Lisa ganhava vida.
A sitcom mantinha um formato típico de adolescentes buscando diversão e popularidade. Contudo, transmitia uma mensagem importante sobre valorizar as pessoas além da aparência física.
Head of the Class (1991-1996): Comédia escolar com lições de vida

Com tantas sitcoms nos anos 90, Head of the Class, que durou cinco temporadas, é frequentemente esquecida. A série tinha uma premissa divertida e focava nos alunos inteligentes da Millard Fillmore High School, sob a mentoria do professor Charlie Moore.
A série equilibrava a vida acadêmica estressante dos alunos com suas experiências sociais, abordando temas como encontros, problemas familiares e os desafios do ensino médio. Um reboot de 2021 não obteve o mesmo sucesso, mas a série original é uma ótima pedida.
Early Edition (1996-2000): Um homem que lê o jornal do dia seguinte

Embora Kyle Chandler seja mais conhecido por seu papel em Friday Night Lights, Early Edition merece ser revisitada. A série ainda se mostra envolvente hoje, algo que nem todas as produções dos anos 90 e 2000 podem dizer.
No episódio piloto, Gary Hobson descobre que pode ler o jornal Chicago Sun-Times um dia antes de sua publicação, o que gera dilemas como o “efeito borboleta”. Em meio a tantos dramas legais e médicos da época, Early Edition se destaca pela premissa intrigante e pelas participações de estrelas como Robert Picardo e Jane Krakowski.
Popular (1999-2001): A visão de Ryan Murphy sobre o ensino médio

A série adolescente de Ryan Murphy, Popular, ficou ofuscada por seus trabalhos mais famosos como Glee e American Horror Story. A série, no entanto, é fantástica, engraçada e inteligente, equilibrando personagens relacionáveis como Sam McPherson com figuras excêntricas como Mary Cherry.
Em meio a tantos dramas adolescentes dos anos 90 e 2000, Popular raramente é discutida. Contudo, suas tramas significativas sobre anorexia, câncer, amor, amizade e famílias mistas continuam relevantes.
Hangin’ With Mr. Cooper (1992-1997): Um olhar sobre a vida de um professor

Hangin’ with Mr. Cooper retratava a vida de Mark Cooper como treinador e professor, além de seu romance com Vanessa Russell. Apesar de ter durado cinco temporadas, a sitcom não é muito lembrada hoje.
Enquanto Seinfeld e Friends dominam as conversas sobre sitcoms dos anos 90, Hangin with Mr. Cooper merece mais reconhecimento. A série é relacionável ao mostrar os sonhos e problemas de Mark e seus alunos. Criada por Jeff Franklin, de Full House, conta ainda com a participação de Michelle Tanner.
Once and Again (1999-2002): Drama familiar realista

As séries My So-Called Life e thirtysomething são mais citadas que Once and Again, um drama igualmente emocional e realista de Edward Zwick e Marshall Herskovitz. A série acompanhava o relacionamento de pais divorciados e suas famílias complexas e dramáticas.
Com um elenco talentoso, incluindo Evan Rachel Wood e Shane West, a série ainda se mantém relevante. Infelizmente, Once and Again não está disponível em streaming e a terceira temporada nunca foi lançada em DVD, o que dificulta o acesso. É uma pena, considerando a poderosa trama sobre transtornos alimentares e relacionamentos.
The Pretender (1996-2000): Um gênio em fuga

Com uma pontuação de 95% pelo público no Rotten Tomatoes, The Pretender foi uma série subestimada com uma premissa intrigante. O protagonista, Jarod, um prodígio com inteligência superior, vivia em um centro de pesquisa chamado “the Centre”. A série explora as duras lições que ele aprendeu.
Entre o ambiente sombrio do Centre e o ritmo acelerado de cada episódio, The Pretender era ideal para maratonar. O título talvez seja um motivo pelo qual a série é frequentemente ignorada, mas é extremamente divertida.
Fonte: ScreenRant