Fãs da icônica franquia de games de terror podem esperar uma reviravolta surpreendente com o aguardado Resident Evil reboot. O diretor Zach Cregger, nome em ascensão no gênero de horror com trabalhos aclamados como *Barbarian* e *Weapons*, trouxe à tona detalhes cruciais sobre sua visão. Em entrevista recente ao Inverse, para promover seu novo filme, Cregger expressou seu profundo amor pelos jogos, mas esclareceu que sua adaptação se diferenciará das narrativas já conhecidas, prometendo, contudo, honrar a rica lore da série.
Cregger foi anunciado como diretor do novo Resident Evil reboot em setembro de 2024, gerando grande expectativa entre os fãs que ansiavam por uma adaptação fiel com personagens centrais dos games, em especial Leon S. Kennedy. Contudo, o diretor foi categórico: seu reboot não será a história de Leon.
Ele enfatizou que a intenção é criar uma narrativa original que sirva como uma ‘carta de amor’ aos jogos, respeitando suas regras e seu universo. ‘Deixe-me dizer: isso não está quebrando as regras dos jogos,’ afirmou Cregger. ‘Eu sou o maior adorador dos jogos, então estou contando uma história que é uma carta de amor aos jogos e segue as regras dos jogos.
É obediente à lore dos jogos, é apenas uma história diferente. Não vou contar a história de Leon, porque a história de Leon é contada nos jogos. [Os fãs] já têm isso.
‘
Ao longo dos anos, a franquia *Resident Evil* recebeu diversas adaptações cinematográficas.
As mais notórias foram os seis filmes estrelados por Milla Jovovich, que interpretava Alice, uma personagem criada exclusivamente para o cinema. Iniciada em 2002 com *Resident Evil*, a série cinematográfica incluiu títulos como *Resident Evil: Apocalypse*, *Resident Evil: Extinction*, *Resident Evil: Afterlife*, *Resident Evil: Retribution* e *Resident Evil: O Capítulo Final*. Embora essas produções não fossem fiéis aos jogos amados pelos fãs, elas renderam bons lucros para a Sony, com o primeiro filme arrecadando impressionantes US$ 102,98 milhões globalmente com um orçamento de US$ 33 milhões.
A franquia manteve-se lucrativa por anos, mas viu seu desempenho de bilheteria declinar, com *Resident Evil: O Capítulo Final* faturando apenas US$ 26 milhões nos EUA. Apesar dos resultados mistos, a Sony persistiu, lançando um reboot que prometia ser mais fiel aos jogos: *Resident Evil: Welcome to Raccoon City*. Infelizmente, a tentativa falhou nas bilheterias e amargou uma pífia aprovação de 30% no Rotten Tomatoes.
Em seguida, uma série de televisão inspirada na franquia foi lançada na Netflix, trazendo personagens dos jogos, mas com uma abordagem bastante livre do material original. A busca por uma adaptação de sucesso continua, e agora, com Zach Cregger no comando do novo Resident Evil reboot, há uma nova esperança. Considerando o vasto universo e a rica lore dos videogames, há material de sobra para Cregger explorar em seu filme, mesmo que ele não traga à tela personagens tão emblemáticos quanto Leon ou Jill.
Para quem ainda não conhece a obra de Zach Cregger, o filme *Noites Bárbaras* (*Barbarian*) está disponível para streaming na Netflix e é um excelente ponto de partida para entender seu talento no horror. Além disso, seu mais recente trabalho, *Weapons*, recém-lançado nos cinemas, ostenta uma impressionante aprovação de 96% no Rotten Tomatoes após centenas de críticas. A chegada de um diretor com tal currículo e um claro apreço pelo material original pode, finalmente, ser a chave para que a Sony entregue aos fãs de *Resident Evil* a adaptação cinematográfica que eles tanto desejam.
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