O nome Prey, para muitos, é sinônimo de um excelente jogo de 2017. Mas a escolha do título não foi simples. Um ex-executivo da Bethesda revelou uma batalha interna para evitar o uso de Prey como nome oficial do game. Essa decisão, que pode parecer banal para os jogadores, teve implicações estratégicas importantes.
A luta pelo nome de Prey
Segundo relatos, houve uma forte resistência interna à utilização da marca Prey. O receio era que o título pudesse confundir os jogadores com o game original, lançado em 2006. Afinal, este não era exatamente uma obra-prima, e um novo game com o mesmo nome poderia prejudicar as vendas e avaliações da nova versão, de acordo com o próprio Raphael Colantonio, ex-diretor da Arkane Studios e um dos principais envolvidos no desenvolvimento do Prey de 2017.
Colantonio descreveu a situação como uma luta árdua, com muitos executivos da Bethesda expressando preocupação em relação à escolha. Ele argumentava que a ligação com o jogo anterior era tênue demais para criar problemas e que o novo Prey se diferenciaria bastante pela jogabilidade e história. No fim, a sua visão prevaleceu e o jogo foi lançado com o nome Prey.
O impacto da decisão no jogo
A escolha do nome Prey, apesar da resistência interna, se provou acertada. O game de 2017 foi um sucesso de crítica e público, conquistando elogios pela ambientação, jogabilidade e narrativa. Este sucesso, inclusive, ajudou a reavaliar o próprio legado do Prey de 2006, abrindo uma discussão maior sobre o jogo.
Mesmo sem uma relação direta com a narrativa de 2006, o novo Prey acabou se beneficiando do reconhecimento do nome, conseguindo atingir um público mais amplo do que se tivesse um nome completamente original. Essa estratégia de marketing de se aproveitar de uma marca reconhecida, mesmo com um jogo anterior não tão bem avaliado, mostra o quão complexo é o processo de criação e lançamento de um game.
Reflexões sobre o processo criativo e a escolha de nomes
A história de como Prey quase teve um nome diferente é uma lição valiosa sobre a importância da visão criativa e da resiliência na indústria de games. Às vezes, a decisão mais ousada, de manter um nome controverso e utilizar a força da marca já existente, acaba sendo a mais eficaz. Para os fãs da franquia Prey, o resultado final se mostrou bastante satisfatório.
Ainda hoje, a decisão de usar o nome Prey para o game de 2017 é debatida. Mas o sucesso do jogo e a repercussão positiva demonstram que, ao menos para a Bethesda e a Arkane Studios, foi uma escolha acertada, que rendeu bons frutos para os fãs de games e a indústria como um todo.
