A série de ficção científica da Apple TV+, Pluribus, apresenta um vírus misterioso que infecta quase toda a humanidade, deixando poucos imunes, como a protagonista Carol (Rhea Seehorn). Nos episódios 1 e 2, a série explora a origem e a disseminação do vírus, mas mantém em segredo muitos detalhes sobre seu criador e propósito.
Carol tenta compreender o novo mundo enquanto lida com outros sobreviventes imunes. Em um momento crucial, ela impede que Zosia, uma infectada sob sua responsabilidade, deixe o grupo junto com Koumba, um dos imunes.
O Fim do Episódio 2: Carol Impede a Partida

Após Carol convencer a maioria dos imunes a partir, alegando que sua resistência ao vírus poderia ser prejudicial, ela se encontra com Koumba. Para sua surpresa, Koumba demonstra interesse em Zosia, o que a deixa indignada com a exploração da situação pós-apocalíptica para fins antiéticos.
Carol confronta Koumba, que tenta justificar seu interesse em Zosia. Ela o acusa de tirar proveito da natureza amigável dos infectados. Em vez de permitir que Zosia vá embora, Carol a instrui a tomar a decisão por si mesma. Zosia embarca no avião com Koumba, mas Carol, em um momento de epifania, decide impedi-los.
Essa mudança de atitude sugere que a decisão de Zosia indica que a mente coletiva do vírus possui livre arbítrio. Carol percebe que pode usar essa característica para encontrar uma cura, possivelmente utilizando Zosia como um meio para restaurar a humanidade dos infectados.
Origens da Pandemia e a Infecção da Mente Coletiva

Os primeiros momentos de Pluribus mostram astrônomos descobrindo uma sequência de RNA em uma mensagem espacial. Essa sequência é convertida em DNA e monitorada em ratos. Após uma cientista ser mordida por um rato infectado, ela se torna o Paciente Zero, iniciando a disseminação do vírus com um desejo de propagá-lo.
Zosia explica a Carol que a pandemia se intensifica quando os militares tomam conhecimento dela. Os infectados demonstram uma felicidade e gentileza extremas, compartilhando uma mente coletiva que lhes confere conhecimento e habilidades globais. Eles se referem a si mesmos como “nós”, abandonando suas identidades individuais.
Curiosamente, Carol, apesar de imune, parece ter uma conexão com essa mente coletiva. Seus surtos emocionais causam falhas no sistema, afetando outros infectados. Essa ligação tênue pode ser a chave para Carol manipular os infectados e restaurar sua humanidade.
Imunidade de Carol e Outros Sobreviventes

Os episódios iniciais de Pluribus não detalham o motivo da imunidade de Carol e de outros onze indivíduos. No entanto, a imunidade de Carol parece estar ligada mais às suas características sombrias do que à sua genética. Em um mundo onde a felicidade é imposta, Carol é a única que mantém suas emoções autênticas.
Suas características negativas, em vez de levá-la à decadência moral, tornam-se sua força, permitindo-lhe reter sua humanidade e se tornar uma potencial salvadora. Essa é uma inversão interessante do tropo do anti-herói.
O Significado do Cronômetro em Pluribus

Um cronômetro aparece assim que os astrônomos descobrem a sequência de RNA, contando regressivamente até a infecção generalizada. Após a sobrevivência de Carol e outros, o cronômetro passa a contar para frente. Isso sugere que quem criou o vírus subestimou a capacidade dos imunes de reverter a situação.
O cronômetro também pode simbolizar a busca humana pela felicidade como um destino. A contagem regressiva representa a jornada até esse ponto, e quando a humanidade atinge seu ideal, o tempo passa a contar para frente, marcando o início de uma nova era onde a felicidade não é mais uma meta futura.
A série Pluribus, assim como outras produções de Vince Gilligan, foi filmada em Albuquerque.
Como a Morte de Helen Afeta Carol

A maioria dos sobreviventes não vê problemas na nova ordem, pois ainda têm seus entes queridos ao lado. Carol, no entanto, perdeu sua parceira Helen. A dor dessa perda a impede de aceitar a felicidade imposta pelo vírus.
O relacionamento de Carol com Helen serve como um lembrete de sua identidade individual e experiências de vida, que ela não quer abandonar em troca de uma paz artificial. Seu luto a ajuda a perceber que a felicidade oferecida pelo vírus é superficial e que a paz veio a um custo terrível, com milhões de mortes.
Carol é o Problema em Pluribus?

Quando Carol aponta que a felicidade coletiva teve um custo alto, Laxmi, outra sobrevivente, lembra-a que seus próprios surtos emocionais causaram a morte de milhões. Isso sugere que a resistência de Carol à nova normalidade pode ser vista como o problema.
No entanto, apesar de seus métodos confrontadores, Carol está certa. Os infectados perderam a capacidade de pensar por si mesmos, tornando-se desumanos. A paz imposta pelo vírus, sem individualidade, é uma ilusão vazia. A verdadeira paz e felicidade só existem quando o conflito e a tristeza são possibilidades reais. Em Pluribus, Carol representa o antídoto para essa falsa utopia.
Fonte: ScreenRant