Há quase 60 anos, o filme Planeta dos Macacos, de 1968, chocou o público com uma reviravolta que redefiniu o gênero da ficção científica e estabeleceu um novo padrão para os finais surpreendentes no cinema. Mesmo com a popularização dos plot twists, o desfecho desta obra permanece inigualável.






A Surpreendente Revelação em 3978
Lançado originalmente em 1968, Planeta dos Macacos apresentou uma história que se passava no ano de 3978. Charlton Heston interpreta o astronauta George Taylor, que se vê preso em um planeta distante. Lá, ele descobre um mundo governado por macacos inteligentes e evoluídos, que escravizaram os humanos primitivos e mudos. Com a ajuda de dois chimpanzés, a Dra. Zira e o Dr. Cornelius, Taylor tenta escapar. No entanto, sua fuga o leva a uma terrível descoberta: o topo da Estátua da Liberdade, meio soterrado na areia, revela que ele não está em um planeta alienígena, mas sim na Terra pós-apocalíptica, devastada pela própria humanidade, possivelmente em uma guerra nuclear.
Essa reviravolta, que pegou a audiência completamente desprevenida, é um dos momentos mais icônicos da história do cinema.
Por que o Final de Planeta dos Macacos é Tão Impactante?
O impacto do final de Planeta dos Macacos é inegável, recontextualizando toda a narrativa do filme. Sua força reside em múltiplos níveis. O elemento visual é o mais marcante: a imagem da Estátua da Liberdade destruída e parcialmente enterrada na areia é chocante e carrega um peso emocional imenso, dado o simbolismo do monumento para os Estados Unidos.
Além disso, o filme constrói sutilmente a sua reviravolta através de pistas e prenúncios. Embora a audiência acredite que Taylor pousou em um mundo alienígena, objetos humanos familiares são vistos com o Dr. Cornelius. Dr. Zaius, por sua vez, demonstra conhecimento sobre uma antiga civilização humana e alerta Taylor sobre o que ele pode encontrar em sua busca por respostas. Essas pistas são apresentadas gradualmente, permitindo que o público processe a chocante revelação junto com Taylor, resultando em um horror compartilhado.
O Legado do Twist de Planeta dos Macacos
Embora Planeta dos Macacos não tenha sido o primeiro filme com um final surpreendente, seu icônico momento na praia continua a ser considerado o maior plot twist da ficção científica. Após seu lançamento, finais inesperados se tornaram mais comuns, especialmente em filmes de ficção científica, quase se tornando um requisito para o gênero.
Outros filmes alcançaram sucesso com reviravoltas notáveis. Em No Mundo de 2020 (1973), também estrelado por Charlton Heston, a chocante verdade é que os alimentos processados consumidos pela população eram feitos de corpos humanos. Mais recentemente, Corra! (2017) surpreendeu com a revelação de que pessoas ricas utilizavam corpos de jovens negros para alcançar a imortalidade.
O sexto sentido (1999), de M. Night Shyamalan, também apresentou uma reviravolta memorável, onde o personagem de Bruce Willis era, na verdade, um fantasma. Assim como em Planeta dos Macacos, as pistas estavam presentes, mas só se tornavam claras no final. Contudo, mesmo com a genialidade de Shyamalan, o impacto dramático e o terror do final de Planeta dos Macacos o colocam em um patamar superior na história do cinema.
Fonte: ComicBook.com