A Pixar, renomado estúdio de animação, conhecida por suas histórias emocionantes e visualmente deslumbrantes, também enfrentou seus desafios com bilheterias abaixo do esperado. Desde o lançamento de Toy Story, o estúdio produziu uma série de sucessos, mas alguns filmes não alcançaram o desempenho financeiro esperado.
A parceria com a Disney impulsionou a produção de longas-metragens, mas a estratégia de lançamentos recentes, incluindo a disponibilização de filmes no Disney+ logo após a estreia nos cinemas, impactou a performance nas bilheterias. Essa abordagem fez com que muitos espectadores optassem por esperar o lançamento no streaming, afetando a arrecadação.
É importante notar que os números de bilheteria não contam toda a história. Alguns dos filmes mais recentes da Pixar, que foram considerados fracassos financeiros, são também algumas de suas obras mais originais e criativas.
Lightyear (2022)

Lightyear, lançado em 2022, pode ser considerado o maior desapontamento financeiro da Pixar. Embora não seja um filme ruim, a aventura espacial baseada no universo do personagem Buzz Lightyear não cativou o público como esperado. Com um orçamento de US$ 200 milhões, o filme arrecadou apenas US$ 220 milhões globalmente, resultando em uma perda estimada de mais de US$ 100 milhões.
Apesar de sua qualidade visual, o filme sofreu com uma narrativa considerada simplista e um tema pouco inspirador. A representação LGBTQ+ gerou alguma polêmica, mas o principal fator para seu fracasso foi a bilheteria desastrosa, especialmente por ser um spin-off de uma franquia popular.
O Bom Dinossauro (2015)

O Bom Dinossauro, de 2015, marcou o primeiro grande fracasso de bilheteria da Pixar. O filme apresenta uma premissa alternativa onde os dinossauros não foram extintos e conta a história de um jovem dinossauro que faz amizade com um menino das cavernas. Visualmente impressionante, o longa falhou em engajar o público com sua história.
Apesar de ter superado seu orçamento em cerca de US$ 100 milhões, O Bom Dinossauro não foi suficiente para cobrir os custos de produção e marketing. Mesmo sendo um fracasso financeiro, o filme é elogiado por sua originalidade em comparação com outros títulos mais recentes do estúdio.
Elio (2025)

Elio, com lançamento previsto para 2025, enfrentou desafios significativos em seu desenvolvimento. A animação de ficção científica familiar acompanha um garoto obcecado por espaço que é confundido com o líder da Terra e abduzido. O filme passou por grandes mudanças e teve uma recepção inicial desfavorável.
O longa teve a pior estreia na história da Pixar, arrecadando cerca de US$ 150 milhões com um orçamento próximo a US$ 200 milhões. Apesar de não ser um dos melhores trabalhos do estúdio, Elio representa uma tentativa de originalidade em um cenário pós-pandemia onde filmes originais têm lutado nas bilheterias.
Red: Crescer é uma Fera (2022)

Red: Crescer é uma Fera, de 2022, é um dos empreendimentos mais criativos da Pixar. A história acompanha uma adolescente que se transforma em um panda vermelho gigante quando fica nervosa ou animada. O filme aborda temas como puberdade de forma sensível e é voltado para o público pré-adolescente, mas com apelo para todas as idades.
Devido à pandemia, o filme não teve um lançamento teatral completo nos Estados Unidos, resultando em uma arrecadação de apenas US$ 21 milhões. No entanto, encontrou seu público no Disney+. Apesar de suas imperfeições, Red: Crescer é uma Fera demonstra o compromisso da Pixar com a originalidade.
Luca (2021)

Luca, lançado em 2021, foi um dos filmes afetados pela pandemia de COVID-19. A história de um jovem monstro marinho que explora a vida em uma vila italiana é visualmente atraente e inspirada em diversas fontes. O filme aborda temas de aceitação e pertencimento de forma sutil.
Embora tenha recebido críticas positivas, o lançamento limitado no Disney+ impediu que se tornasse um sucesso de bilheteria. Luca é considerado um esforço mediano para a Pixar, mas um dos melhores filmes de animação do início dos anos 2020, com uma simplicidade que a Pixar tem lutado para recapturar.
Doze é Demais (2020)

Antes da pandemia, Doze é Demais (Onward) prometia ser um grande ano para a Pixar. Lançado no início de 2020, o filme segue dois irmãos elfos em uma jornada para encontrar um item mágico que lhes permita ver o pai novamente. O filme mistura fantasia tradicional com elementos modernos.
Considerado um dos filmes mais subestimados da Pixar, Doze é Demais arrecadou US$ 140 milhões em um mercado cinematográfico afetado. Posteriormente, encontrou uma nova vida no Disney+, onde o público pôde apreciar seus temas e desenvolvimento de personagens. O filme é um exemplo da capacidade da Pixar de criar mundos ricos e originais.
Soul (2020)

Soul é um dos melhores filmes da Pixar, mas as circunstâncias de seu lançamento o relegaram a um segundo plano. A história de um professor de música que sonha em ser músico de jazz e sua jornada pela vida após a morte é lírica e profunda.
O filme aborda temas de aceitação e propósito de forma ambiciosa, deixando o espectador refletir sobre seus próprios valores. Apesar de ter tido uma estreia limitada nos cinemas em 2024, arrecadando US$ 120 milhões, Soul é um marco importante na filmografia do estúdio.
Fonte: ScreenRant