O Enigma da Continuidade: Como **Thunderbolts*** se Encaixa (ou Não) com Daredevil: Born Again no MC O Enigma da Continuidade: Como **Thunderbolts*** se Encaixa (ou Não) com Daredevil: Born Again no MC

O Enigma da Continuidade: Como **Thunderbolts*** se Encaixa (ou Não) com Daredevil: Born Again no MCU

Um dos pontos mais discutidos pelos fãs do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) recentemente tem sido a aparente desconexão entre os eventos de Thunderbolts* e a série Disney+ Daredevil: Born Again. Com Wilson Fisk ascendendo à prefeitura de Nova York e banindo o vigilantismo, declarando lei marcial e caçando heróis, muitos se perguntaram como Thunderbolts*, que também se passa na mesma cidade, lidaria com essa nova realidade. O diretor Jake Schreier finalmente abordou a questão, oferecendo uma explicação para o que alguns percebem como um conflito de continuidade.

Schreier revelou em entrevista que a equipe de produção estava ciente das implicações de Daredevil: Born Again, mas optou por manter o foco na narrativa principal de Thunderbolts*. “Estávamos definitivamente cientes disso. Mas sentimos que uma coisa… obviamente, essas perguntas sempre surgem nesses filmes de, ‘Por que essa pessoa não estava lá.

’”, disse Schreier. Ele enfatizou que o filme é bastante contido, desenrolando-se em apenas alguns dias, com uma ameaça imediata e específica – O Vazio – que torna a equipe dos Thunderbolts a mais adequada para a situação. A urgência da crise significava que o enredo não poderia se desviar para abordar eventos externos.

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Continuando seu raciocínio, Schreier explicou que a natureza efêmera da ameaça do Vazio impede a necessidade de outras intervenções. “Ninguém mais poderia sequer chegar lá daquele jeito. É um momento tão particular no tempo, e acontece tão rápido que essas questões de lei marcial ou isso ou aquilo, quero dizer, é tudo em uma tarde”, destacou.

Complementando essa perspectiva, o roteirista Eric Pearson, após a estreia de Thunderbolts*, sugeriu que o tempo opera de forma diferente dentro do Vazio, implicando que a situação foi resolvida rapidamente antes que heróis como Homem-Aranha ou Doutor Estranho pudessem chegar ao local e auxiliar a equipe. Ao final de Thunderbolts*, a equipe titular transcende sua origem como vigilantes, tornando-se os Vingadores sancionados pelo governo – os ‘Novos Vingadores’ – e já estão em plena operação há meses antes de um encontro com o Quarteto Fantástico (como visto na cena pós-créditos). Curiosamente, a cena pós-créditos não faz qualquer menção a Fisk ou à sua opinião sobre a iniciativa de Valentina Allegra de Fontaine de formar essa nova equipe de heróis.

A decisão de não abordar a ascensão de Fisk ou a lei marcial em Nova York reforça a intenção de manter o foco narrativo exclusivo do filme. Todo projeto em um universo cinematográfico compartilhado precisa encontrar um equilíbrio delicado entre fazer conexões com outros títulos e se sustentar por seus próprios méritos. No caso de Thunderbolts*, o ritmo e a coesão da história são primordiais.

Teria sido incongruente e possivelmente prejudicial à narrativa pausar um clímax emocional – como a ajuda de Yelena Belova e outros a Bob para superar seu lado sombrio – para explicar o paradeiro de Fisk e sua força-tarefa. Como Schreier aponta, o final de Thunderbolts* se desenrola em um período de tempo relativamente curto, e manter o foco na luta de Bob foi crucial para construir uma conclusão impactante e focada. A Marvel também parece ter percebido que o enredo cada vez mais expansivo do MCU se tornou complexo demais, quase como uma “lição de casa” para os espectadores acompanharem.

Ao evitar referências diretas a Born Again em Thunderbolts*, a intenção pode ter sido simplificar a experiência, permitindo que o público desfrutasse do filme sem a necessidade de conhecimento prévio da série do Demolidor. Será fascinante observar como a Marvel lidará com a figura do Prefeito Fisk daqui para frente, mas, para os propósitos de Thunderbolts*, ignorá-lo parece ter sido a decisão correta.

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