É inegável que Superman se consolidou como a grande estrela das bilheterias deste verão. O filme, que oficialmente lançou o reboot do Universo DC (DCU) sob a liderança de James Gunn e Peter Safran, caminha firmemente para a marca de US$ 600 milhões em arrecadação global. Este número se torna ainda mais impressionante quando analisado em suas parcelas doméstica e internacional.
Mesmo diante de comparações com os filmes DC de Zack Snyder e discussões políticas mais amplas, mais da metade do montante total de Superman provém exclusivamente do mercado norte-americano, onde o filme já acumulou impressionantes US$ 322 milhões até o momento. Embora ainda paire a incerteza se *Fantastic Four: First Steps* da Marvel se manterá como um digno oponente nas bilheterias, após uma acentuada queda na receita em seu segundo fim de semana, a obra-prima de James Gunn sobre o herói kryptoniano já deixou para trás diversos outros filmes recentes de super-heróis em termos de arrecadação. A performance de Superman é um farol de esperança para o renovado DCU, demonstrando um poder de atração que muitos de seus predecessores e rivais não conseguiram replicar.
A dominância de Superman é evidente ao comparar seus números com títulos que não conseguiram cativar o público como o esperado. *Thunderbolts***, a aposta da Marvel em uma equipe de anti-heróis, mesmo com personagens queridos como Bucky Barnes (Sebastian Stan) e Yelena Belova (Florence Pugh), arrecadou apenas US$ 382 milhões globalmente, falhando em se aproximar dos bilhões de dólares dos filmes *Vingadores*. Da mesma forma, *Capitão América: Admirável Mundo Novo*, apesar da familiaridade com Sam Wilson (Anthony Mackie) como o novo Capitão América, atingiu apenas US$ 415 milhões, um valor respeitável, mas distante dos mais de US$ 700 milhões de *Capitão América: O Soldado Invernal* e *Capitão América: Guerra Civil*.
O cenário foi ainda mais desafiador para alguns lançamentos da própria DC. *Coringa: Delírio a Dois* provou que o sucesso não se repete facilmente; enquanto o primeiro *Coringa* foi um fenômeno de crítica e bilheteria, o musical gerou uma recepção negativa, arrecadando míseros US$ 207 milhões e mal cobrindo seu robusto orçamento de US$ 190 milhões. Outros exemplos incluem *Aquaman 2: O Reino Perdido*, que com US$ 440 milhões mundiais, ficou muito aquém do primeiro filme, e *The Flash*, que, atormentado por atrasos e controvérsias do ator Ezra Miller, arrecadou apenas US$ 271 milhões.
*Shazam. Fúria dos Deuses* e *Besouro Azul*, com US$ 200 milhões e US$ 130 milhões respectivamente, também enfrentaram dificuldades significativas, seja por “sequelite” ou pela falta de promoção devido às greves de roteiristas e atores. Até mesmo alguns títulos da Marvel tiveram um desempenho inferior ao de Superman.
*Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania*, com US$ 476 milhões, embora notável para um herói de “nível B”, não alcançou o patamar do Homem de Aço. E 2023 foi um ano particularmente difícil para os filmes de super-heróis, como evidenciado pelo desempenho de *As Marvels* (cujos números exatos não são detalhados, mas que enfrentou dificuldades reconhecidas). A ascensão de Superman nas bilheterias, contrastando com as performances mistas e decepcionantes de tantos outros filmes do gênero, sublinha a renovada fé do público no icônico herói e na visão de James Gunn para o futuro do DCU.
Este sucesso não apenas valida a estratégia de reboot, mas também estabelece um novo padrão para o universo compartilhado da DC.