A Hammer Horror, conhecida por seus filmes de terror gótico, deixou um legado de monstros memoráveis que marcaram época. Iniciando sua trajetória com The Quatermass Xperiment em 1955, a produtora britânica rapidamente encontrou seu nicho com os filmes de Christopher Lee como Drácula.
Barão Meinster em “As Noivas de Drácula” (1960)
Em The Brides of Dracula, a ausência de Lee é sentida, mas o filme brilha com a performance de David Peel como o Barão Meinster. Este vampiro, que escapa da tutela de sua mãe para formar suas próprias noivas, é um vilão complexo, mesclando patetismo, crueldade e um toque sinistro.

A atuação de Peel confere a Meinster uma profundidade incomum, tornando-o um dos vilões mais interessantes da Hammer, apesar de sua única aparição.
A Criatura em “X, O Desconhecido” (1956)
Originalmente concebido como uma sequência de The Quatermass Xperiment, X the Unknown se tornou um destaque por si só. O filme apresenta uma criatura ambígua, que derrete suas vítimas e se alimenta de radiação. A ameaça é um ser gelatinoso vindo das profundezas da Terra, capaz de se infiltrar em qualquer espaço e crescer a proporções gigantescas.

A natureza enigmática da criatura e sua origem nunca totalmente explicada contribuem para o fascínio e o terror que ela inspira, sendo um dos monstros mais originais da Hammer.
Kharis, A Múmia de “A Múmia” (1959)
Christopher Lee encarnou o icônico monstro da múmia em The Mummy (1959), um dos papéis que solidificaram sua carreira. Kharis, interpretado por Lee com impressionante presença física, desperta para vingar a profanação do túmulo de uma princesa egípcia. A maquiagem e a interpretação de Lee dão vida a um monstro implacável, que avança mesmo após ferimentos graves.

A performance de Lee confere a Kharis uma mistura de ameaça e patos, tornando-o um dos monstros mais memoráveis do estúdio, comparável ao conceito do O Exterminador do Futuro de sua época.
Condessa Elisabeth em “Condessa Drácula” (1971)
Em resposta às mudanças no gênero de terror, a Hammer apostou em uma abordagem mais explícita em filmes como Countess Dracula. Ingrid Pitt estrela como a Condessa Elisabeth, que busca a juventude eterna através do banho em sangue de virgens, inspirada na lenda de Elizabeth Báthory. Pitt entrega uma performance cativante, tornando a Condessa uma vilã cruel, mas curiosamente cativante.

A Condessa Elisabeth se destaca como uma das vilãs mais humanas da Hammer, cujas ações, embora hediondas, são impulsionadas por um desejo visceral de preservar sua beleza e juventude.
O Demônio Marciano em “Quatermass e o Povo do Espaço” (1967)
Considerado o melhor da série Quatermass, Quatermass and the Pit explora conceitos perturbadores. A descoberta de uma nave alienígena revela uma raça antiga cujas tendências violentas foram herdadas pela humanidade. O vilão, embora predominantemente invisível, manifesta-se em uma visão fantasmagórica de um “demônio” marciano no clímax.

Apesar de efeitos especiais datados, o filme é um marco pelo seu conceito de que a própria capacidade humana para a violência é o monstro a ser temido.
Sr. Mocata em “O Sangue do Diabo” (1968)
The Devil Rides Out é um cult clássico que apresenta Christopher Lee em um papel heroico. O filme narra a luta de um aristocrata contra um culto satânico liderado pelo sinistro Sr. Mocata, interpretado por Charles Gray. A performance de Gray é arrepiante, transmitindo uma calma gélida enquanto comete atos de magia negra.

Mocata é um vilão humano, mas sua devoção ao ocultismo e seus poderes hipnóticos o tornam uma figura verdadeiramente perturbadora, um dos vilões mais memoráveis da Hammer.
Carroon em “O Experimento Quatermass” (1955)
O filme que deu início à saga da Hammer, The Quatermass Xperiment, introduziu o público a Victor Carroon (Richard Wordsworth). Após retornar de uma missão espacial, Carroon é dominado por um organismo alienígena que absorve seus companheiros. A transformação de Carroon, uma das primeiras exibições de horror corporal no cinema, é angustiante.

A atuação silenciosa de Wordsworth transmite o terror de um homem inocente dominado por uma força incontrolável, culminando em uma ameaça planetária.
Dr. Frankenstein em “A Série Frankenstein”
Peter Cushing personificou o Dr. Victor Frankenstein em várias produções da Hammer. Embora seus objetivos de trazer os mortos à vida possam parecer nobres, a completa falta de moralidade do cientista o transforma em um monstro. Cushing confere a Victor uma sagacidade e humor negro que o tornam cativante, apesar de sua crueldade casual.

À medida que a saga progredia, Frankenstein se tornava cada vez mais monstruoso, suas ações irresponsáveis resultando em inúmeras mortes e tragédias.
Conde Drácula em “A Série Drácula”
Christopher Lee é indiscutivelmente a personificação definitiva do Conde Drácula nas telas. Sua presença magnética e carisma inegável fizeram de sua interpretação do vampiro uma lenda, mesmo que o ator relutasse contra o papel que o consagrou. Sua interpretação é sombria, sedutora e inesquecível, solidificando o Conde Drácula como o monstro mais famoso da Hammer Horror.

O impacto de Lee como Drácula transcende os filmes, tornando-se um ícone da cultura pop e a imagem mais duradoura do legado da Hammer.
Fonte: ScreenRant