O gênero de filmes de gângster se concentra em histórias de crime organizado, retratando a ascensão e queda de mafiosos e criminosos com narrativas frequentemente exageradas. Para novos fãs, existem obras essenciais que definiram o estilo.






A Era Dourada do Cinema de Gângster
A história do cinema de gângster é complexa, com filmes que glorificavam o crime enfrentando censura com o Código Hays nos anos 1930. Após um período de restrição, o gênero ressurgiu com força em décadas posteriores, graças a cineastas renomados.
Embora muitos filmes compartilhem temas, a criatividade de cada diretor molda experiências únicas, tornando alguns mais acessíveis para quem deseja explorar o universo do crime no cinema.
White Heat (1949)
Um marco pós-Código Hays, White Heat destaca-se pela atuação intensa de James Cagney como um gângster que permite um informante em sua organização. O filme é sombrio, angustiante e surpreendentemente ousado para a época.
Este clássico representa uma virada na cinematografia de gângster, estabelecendo um padrão de violência e niilismo que influenciou obras posteriores e aborda a carreira criminosa sob uma ótica existencial.
Donnie Brasco (1997)
Os anos 90 foram uma nova era de ouro para o gênero, e Donnie Brasco é um de seus expoentes. O filme acompanha um agente do FBI interpretado por Johnny Depp, que se infiltra na máfia e desenvolve um vínculo inesperado com um hitman vivido por Al Pacino.
Com ritmo ágil e duração concisa, Donnie Brasco foge da grandiosidade épica de outros filmes de gângster da década. O trabalho de Depp ao lado de Pacino exibe atuações memoráveis, e a trama, apesar de exagerada, possui uma profundidade emocional que a diferencia.
The Departed (2006)
Martin Scorsese, mestre do gênero, presenteou o público com The Departed, onde um policial se infiltra na máfia enquanto um criminoso se insere na polícia. Com um elenco estelar e reviravoltas constantes, o filme é um estudo de tensão cinematográfica.
Remake do filme de Hong Kong, Infernal Affairs, The Departed, apesar de sua escala, mantém o espectador engajado. O estilo de Scorsese oferece uma porta de entrada excelente para novos fãs, combinando frescor com a crueza característica do gênero.
American Gangster (2007)
Em contraponto à pouca representatividade no gênero, American Gangster narra a história do traficante Frank Lucas em Nova York, com uma performance marcante de Denzel Washington. O filme épico tem o tom de um blockbuster, dirigido por Ridley Scott.
Estrelas como Washington e Russell Crowe conferem familiaridade à trama, que entrega a violência esperada do gênero com um acabamento hollywoodiano. É a definição de um filme de máfia mainstream.
The Public Enemy (1931)
Para entender o gênero, é fundamental começar por suas origens. The Public Enemy, outro clássico de James Cagney, acompanha dois homens que encontram o sucesso no crime, apenas para verem seus impérios desmoronarem.
A brutalidade chocante para a época demonstra as limitações impostas pela censura posterior. O filme não glorifica o crime, mas expõe como fatores externos podem levar a escolhas violentas. Sua relevância transcende o tempo.
Once Upon A Time In America (1984)
Parte da trilogia de Sergio Leone, Once Upon A Time In America é a abordagem grandiosa do diretor italiana ao gênero. Um ex-mafioso envelhecido narra sua vida em um épico de quase quatro horas, explorando cada detalhe de sua trajetória.
Apesar da duração imponente, o filme funciona como um excelente panorama do gênero, cobrindo seus elementos essenciais. A visão estilizada de Leone oferece uma alternativa interessante aos cineastas americanos.
Scarface (1983)
Scarface, de Brian De Palma, é uma releitura ousada do clássico de 1932, com Al Pacino interpretando Tony Montana, um refugiado cubano que constrói um império em Miami. Embora controverso por sua representação de imigrantes cubanos, sua importância cultural é inegável.
O estilo hiper-realista de De Palma e a estética dos anos 80 conferem um charme particular. A violência explícita pode chocar, mas o impacto na cultura pop é imensurável.
The Godfather Part II (1974)
Dar continuidade a um dos maiores filmes de todos os tempos era um desafio, mas The Godfather Part II o superou. Dividido entre sequência e prelúdio, o filme entrelaça a juventude de Vito Corleone com a ascensão de seu filho, Michael, ao comando da família.
Embora não tenha os mesmos momentos icônicos do primeiro, a profundidade narrativa e a adição de Robert De Niro solidificam sua excelência. É uma obra para ser assistida logo após o filme original.
Goodfellas (1990)
Após anos sem uma direção clara, Goodfellas, de Martin Scorsese, revitalizou o gênero. Acompanhamos a ascensão e queda do mafioso Henry Hill, mostrando como sua dedicação ao crime afetou outras áreas de sua vida. É a história definitiva de ascensão e queda.
Scorsese constrói dinâmicas complexas ao longo da projeção, com cenas que se tornaram icônicas. A parceria de Robert De Niro, Joe Pesci e Ray Liotta é genial, e o filme flui com uma naturalidade impressionante, cativando até os novatos.
The Godfather (1972)
Poucos filmes alcançam a perfeição, e The Godfather é um deles. A saga da família Corleone trouxe os gângsteres de volta com força, e a luta de Michael é um dos dramas mais impactantes do cinema. Considerado o ápice do gênero e do cinema em geral.
A obra-prima de Francis Ford Coppola é o ponto de partida ideal para qualquer jornada cinematográfica. Cada atuação é impecável, e a narrativa se desdobra com maestria, tornando-o um marco absoluto.
Fonte: ScreenRant