Lançado em 1999, Matrix foi um marco cinematográfico, combinando inovação, estilo e inteligência. As três sequências que se seguiram – Matrix Reloaded e Matrix Revolutions (2003), e Matrix Resurrections (2021) – não alcançaram o mesmo patamar de sucesso.
Matrix Reloaded expandiu o universo, mas se perdeu em sua própria filosofia. Matrix Revolutions apresentou um desfecho confuso, com a morte de Trinity e uma exposição pesada. Já Matrix Resurrections funcionou mais como um comentário sobre a própria franquia do que uma continuação direta.
A análise do filme original revela que sua conclusão, com Neo ascendendo após derrotar Smith, encerra sua jornada de forma semelhante à ascensão de Jesus Cristo. Essa conclusão definitiva torna a continuação da história de Neo um desafio, pois tenta expandir uma narrativa que já atingiu seu ápice.
As sequências subsequentes, ao tentarem explicar a presença do Messias e seu papel na salvação da humanidade, acabam por diluir a profundidade filosófica que tornou o primeiro filme tão impactante. As questões existenciais que enriqueceram a trama original se tornam confusas e forçadas nas continuações.
O futuro de Matrix e novas abordagens
Com a continuidade da franquia sob a direção de Drew Goddard, é crucial que novas histórias explorem caminhos diferentes. Tentar repetir a jornada do herói messiânico de Neo seria redundante. Uma nova abordagem, talvez focada em outras figuras religiosas ou mitológicas, poderia revitalizar o universo de Matrix.
A lição de Matrix é clara: enquanto questionar grandes mistérios filosóficos e espirituais é instigante, tentar oferecer resoluções hollywoodianas para eles pode comprometer a essência da obra.
Fonte: ScreenRant

