A série Mad Men acompanhou diversas encarnações da agência Sterling Cooper ao longo de suas sete temporadas, passando por inúmeras compras e fusões. Em todas essas transformações, Donald Draper (Jon Hamm) manteve sua posição como diretor criativo.




O Início: Sterling Cooper Sob Domínio Britânico
Ambientada entre 1960 e 1970, Mad Men retrata as mudanças sociais e culturais da época, refletidas na Sterling Cooper, que, apesar de sua ambição, era uma agência de pequeno porte competindo com gigantes como J. Walter Thompson e McCann Erickson. A agência, no entanto, possuía contas valiosas que a tornavam um alvo atrativo para aquisições.

Na segunda temporada, a Sterling Cooper original foi adquirida pela firma britânica Putnam, Powell & Lowe (PPL). Inicialmente, Herman ‘Duck’ Phillips foi nomeado presidente, mas após um desentendimento com Don Draper, acabou deixando a agência.
Posteriormente, a PPL apresentou um novo plano de reestruturação, com Guy MacKendrick à frente da Sterling Cooper. Um acidente infeliz com um cortador de grama encerrou a carreira de MacKendrick, forçando a PPL a reconsiderar seus planos. Lane Pryce assumiu como supervisor financeiro da PPL na Sterling Cooper, tornando-se uma figura chave nas futuras mudanças.
McCann Erickson Assume o Controle
Ao final da terceira temporada, Don Draper descobre que a McCann Erickson planeja adquirir a PPL, o que significaria também a aquisição da Sterling Cooper. Determinado a evitar trabalhar para a McCann, que ele considerava uma “fábrica de suor”, Don, juntamente com Bert Cooper, Roger Sterling e Lane Pryce, arquitetou um plano para saírem da empresa.

Em 13 de dezembro de 1963, os quatro sócios deixaram a Sterling Cooper para fundar sua própria agência, que viria a se chamar Sterling Cooper Draper Pryce (SCDP).
O Nascimento da Sterling Cooper Draper Pryce e Desafios
A SCDP foi estabelecida no final de 1963 e rapidamente se tornou uma agência próspera. No entanto, a perda de clientes importantes como a American Tobacco e Lucky Strike, que representavam mais de 50% do faturamento, foi um duro golpe. Em resposta, Don Draper publicou um artigo anunciando que a SCDP não aceitaria mais clientes da indústria do tabaco.
Apesar da perda, a SCDP conquistou novos clientes e se manteve como uma agência competitiva. Eventos como a saída de Peggy Olson para a Cutler, Gleason & Chaough e o trágico suicídio de Lane Pryce após ser descoberto um desfalque marcaram a trajetória da empresa.
Fusão e Nova Identidade: Sterling Cooper & Partners
Na sexta temporada, a Sterling Cooper Draper Pryce se fundiu com a Cutler, Gleason & Chaough, formando a Sterling Cooper & Partners (SCP). Essa fusão, inicialmente uma jogada para conquistar a conta da General Motors, também resultou na abertura de um escritório em Los Angeles.

A SCP buscou consolidar sua posição no mercado publicitário, enfrentando os desafios inerentes a uma indústria em constante evolução.
O Fim da Sterling Cooper: Integração à McCann Erickson
Na sétima temporada, com a morte de Bert Cooper, Roger Sterling propôs a venda da Sterling Cooper & Partners para a McCann Erickson, com ele mesmo assumindo a presidência. Don Draper teve seu cargo de diretor criativo garantido como parte do acordo.

A McCann Erickson adquiriu a SCP, mas logo percebeu que a agência era cara para manter como subsidiária. Como resultado, a Sterling Cooper foi completamente absorvida e dissolvida pela McCann Erickson. Roger Sterling, Joan Harris e Pete Campbell encontraram novos caminhos: Roger se aposentou, Joan fundou sua própria agência e Pete foi trabalhar para a Lear Jets.
Don Draper, por sua vez, viu seu pesadelo se concretizar ao trabalhar para a McCann Erickson. Após um período de incerteza, ele desapareceu, viajando para Los Angeles, onde concebeu a icônica campanha da Coca-Cola “I’d Like to Buy the World a Coke”, marcando o ápice de sua carreira pós-Sterling Cooper.
Fonte: ScreenRant