A popularidade mundial da série Like a Dragon (anteriormente conhecida como Yakuza) cresceu exponencialmente, trazendo consigo um nível de complexidade em seu desenvolvimento que exige rigorosas checagens legais e éticas antes de cada lançamento.

Em uma entrevista recente, Masayoshi Yokoyama, diretor do RGG Studio, detalhou os desafios enfrentados para garantir que cada nova instalação da série, incluindo remakes, esteja em conformidade com as leis e sensibilidades culturais de diferentes países.
Como um Advogado em Like a Dragon
Yokoyama discutiu as complexidades durante uma conversa com Hiroyuki Miyasako. Um exemplo notável citado por ele é o de Tsuyoshi Kanda, um antagonista em Yakuza Kiwami 3, descrito como alguém que “[faz] massagens brutas em mulheres”. O diretor creditou a si mesmo por criar a “explicação superficial” para a ação, mas enfatizou a necessidade de um escrutínio extremo.
“Por causa do assunto [da franquia Like a Dragon em geral], passamos por 10 ou 20 vezes mais checagens legais e éticas do que um projeto típico. Temos que ter cuidado com todos os tipos de coisas.” O sucesso global mais recente da série é um fator importante nessa dificuldade.
“Coisas que parecem aceitáveis para a sensibilidade japonesa podem ser completamente proibidas em outro país, mesmo que seja apenas uma palavra no roteiro ou uma placa de rua específica que se assemelhe a algo tabu. Temos que resolver tudo isso antes de podermos lançar globalmente”, explicou Yokoyama.
Considerando a forte dependência da franquia em retratar a cultura japonesa, não é surpresa que tanta atenção seja dedicada a esses detalhes. O processo de localização por si só já representa um grande desafio a cada lançamento, onde as barreiras linguísticas não afetam apenas a compreensão das normas culturais de outros povos, mas também suas abreviações, costumes regionais e muitos outros aspectos.

Fonte: TheGamer