A aclamada série “King of the Hill” surpreendeu os fãs com o retorno de Bobby Hill em sua nova temporada, agora como um chef adulto trabalhando em Dallas, Texas. O lançamento dos novos episódios não apenas revelou a nova profissão de Bobby, mas também os desafios inesperados que ele jamais previu enfrentar. Quando foi anunciado que o revival da série no Hulu avançaria os personagens em quase uma década desde os eventos da série original, a curiosidade dos fãs se voltou imediatamente para o destino de Bobby.
Com grande parte do programa original focando em seu crescimento, todos estavam ansiosos para descobrir o tipo de adulto que ele se tornaria. A revelação de que Bobby decidiu seguir a carreira de chef foi, ao mesmo tempo, surpreendente e totalmente esperada. Demonstrando interesse e habilidade na culinária desde a série original, a nova temporada de “King of the Hill” introduz uma dinâmica inédita para o personagem.
Embora esta nova era do programa não o mostre mais enfrentando os problemas da adolescência, os novos episódios mergulham nas complexidades de um jovem adulto buscando uma carreira em culinária étnica, que ele não dominou plenamente durante sua formação.
A nova vida de Bobby Hill como chef espelha uma questão clássica da série. Embora “King of the Hill” nem sempre abordasse explicitamente as relações raciais, os momentos em que o fazia frequentemente resultavam em episódios memoráveis, desafiando de frente o mundo conservador da série. É exatamente isso que acontece no episódio 3 da 14ª temporada, “Bobby Gets Grilled”.
O capítulo não só mostra Bobby lidando com a desaprovação de seu pai, Hank, por usar carvão em vez de propano para cozinhar, mas também o confronta com acusações de apropriação cultural por parte de moradores da cidade em relação à sua culinária japonesa e alemã. Bobby escolheu seguir uma versão da culinária Robata japonesa (uma técnica que utiliza principalmente carvão), misturando-a com sabores da influência alemã característica da região de Texas Hill Country. Contudo, torna-se evidente que não apenas o único fornecedor japonês de carvão desaprova Bobby cozinhando culinária japonesa, mas os defensores da cultura alemã local também se mostram insatisfeitos pelo fato de Bobby não ser alemão.
Isso leva Bobby a enfrentar um tipo de questão racial diferente daquelas que ele confrontou em episódios famosos como “Tears of an Inflatable Clown” (12ª Temporada) ou “Spin the Choice” (5ª Temporada). Paralelamente a esses desafios culturais, fica claro que Bobby mantém uma dinâmica de trabalho em seu novo emprego, a Robata Chane, que lembra a antiga relação de Hank com a Strickland Propane. Chane, o proprietário cujo nome está no estabelecimento, é imprudente e frequentemente transfere responsabilidades para Bobby, chegando a ser um obstáculo potencial para seu sucesso.
Em um momento crucial, Bobby quase foi forçado a recuar de suas convicções sobre a forma correta de cozinhar, mas, em última instância, ele demonstra a todos que sabe o que está fazendo e que pode cozinhar bem de uma maneira autêntica e fiel a si mesmo. A vida de Bobby Hill como chef em Dallas compõe a segunda metade das narrativas da nova temporada de “King of the Hill”. Enquanto grande parte da trama se concentra em como Hank e Peggy estão se reajustando à vida após tantos anos na Arábia Saudita, a parte de Bobby no programa o mostra navegando por um mundo totalmente novo que ele nunca imaginou ser possível.
Embora não seja a carreira de comediante que ele sonhava para si, ele encontrou um grande nível de sucesso até agora em seu início, marcando um novo e emocionante capítulo para o adorado personagem.
