Kelsey Grammer explora o gênero de suspense de desastre em Turbulence, um filme que lhe proporcionou uma oportunidade única de atuação. O ator, vencedor de seis Emmys, é amplamente conhecido por seus trabalhos em comédia, especialmente em Cheers e seu derivado Frasier, além de seu papel como Bob Patente em Os Simpsons.
Em Turbulence, Grammer interpreta Harry, o capitão de um balão de ar quente que leva um casal em crise para um passeio pelos Alpes italianos na tentativa de reacender o relacionamento. No entanto, a viagem é interrompida por um terceiro passageiro inesperado, que se revela violento e coloca todos em perigo. O elenco de Turbulence inclui Hera Hilmar, Jeremy Irvine e a estrela do Universo Cinematográfico Marvel, Olga Kurylenko.
Em entrevista, Kelsey Grammer discutiu o que o atraiu para o suspense de desastre e como o filme ofereceu uma nova oportunidade de atuação, além de comentar os elementos mais “estressantes” do projeto.
O cenário do balão em Turbulence foi “perfeito” para esconder a lesão de Grammer
Ao longo de sua carreira de quase 50 anos, Grammer interpretou uma variedade de personagens. Desde a insegurança combinada com a alta confiança de Frasier Crane, as complexidades emocionais de um prefeito corrupto em Boss, até o Dr. Hank McCoy, o Fera, na franquia X-Men, Grammer raramente se limitou a um único gênero.
Um dos motivos que despertou o interesse de Grammer em Turbulence foi o local de filmagem na Inglaterra, onde sua esposa é originária, tornando a produção uma “férias de trabalho”. “Eu sempre trago a família toda, o que é sempre divertido”, compartilhou Grammer. “Tivemos uma semana e meia antes do Natal em Londres, o que é espetacular.”
O ator destacou o personagem Harry como um grande atrativo, apreciando a “natureza de capitão” e o fato de ser um “veterano militar aposentado”, o que implica experiência. Grammer explicou que Harry “entende o que é ser o comandante da embarcação”, e que ele gosta de “ver caras competentes nesse papel”, especialmente em um gênero frequentemente repleto de personagens excêntricos.
Frequentemente decidimos que alguém será um maluco com vidas em jogo. Mas eu gosto que ele seja responsável, e gosto que ele seja afetuoso, agradável, gentil e capaz. Todas essas são coisas divertidas. Eu pude atuar.
Uma razão peculiar pela qual Turbulence se mostrou ideal para o ator foi o fato de ele estar “com o pé engessado” na época da produção. No entanto, enquanto a maioria dos filmes de ação ou desastre exige grande fisicalidade dos atores, o cenário do balão de ar quente do filme beneficiou Grammer, pois “não havia como me filmar a não ser de cintura para cima”, evitando a necessidade de aparições de corpo inteiro.
Ao comparar Turbulence com seus papéis atuais e como ele os escolhe, Grammer mencionou que um dos principais fatores é “algo que eu não fiz antes”. Embora reconheça que reprisar um personagem como o Fera, que ele voltou a interpretar em As Marvels e no futuro Avengers: Doomsday (2026), pode ser “uma alegria inexplicável”, ele geralmente busca novidades quando se trata de personagens inéditos.
O ator admitiu que ocasionalmente aceita papéis “porque estou um pouco sem dinheiro”, rindo ao dizer: “Preciso ganhar a vida!”. No entanto, Grammer continua dedicado a encontrar histórias, papéis e personagens que o desafiem de novas maneiras criativas, mesmo que isso ocasionalmente se mostre “mais estressante”, como Turbulence às vezes foi:
Mas, na maioria das vezes, a questão é: “Eu já fiz isso antes? Já fiz algo parecido?” Talvez, mas desde que haja outra coisa que impulsione o personagem para uma situação diferente, eu gosto. Com este, fui compelido a me envolver porque gostei da natureza da área de atuação limitada. É mais provável que seja uma panela de pressão, estar preso naquela cesta com quatro pessoas, duas das quais são completamente loucas e duas que são meio sãs. Isso é muito bom!
Turbulence está em exibição nos cinemas.
Fonte: ScreenRant
