James Gunn esclareceu como Peacemaker se encaixa no novo multiverso da DCU. A segunda temporada de Peacemaker retorna à HBO em 21 de agosto, mas fará parte de uma nova franquia, já que a administração da Warner Bros. e da DC mudou desde a temporada anterior. A série não faz mais parte do DCEU, mas sim da DCU de Gunn.
Quando questionado sobre como Peacemaker incorporaria o Multiverso (via GamesRadar), Gunn esclareceu que: “Acredito que, quando as pessoas assistirem à série, verão como estamos usando uma dimensão alternativa de forma muito diferente do que foi usado em qualquer outra série de super-heróis”. Mídias de super-heróis, como The Flash, usaram o Multiverso como ferramenta narrativa para conflitos interdimensionais.
A citação completa de James Gunn explica que o uso do Multiverso em Peacemaker será focado nos personagens. A jornada do personagem principal para essa dimensão alternativa será para autodescoberta contínua, continuando a história maluca, mas emocionalmente impulsionada, da primeira temporada. 
James Gunn: Não é um Multiverso com todas essas diferentes permutações. É uma outra dimensão na qual parece ser o mundo perfeito que Peacemaker pode usar para aprender algo sobre si mesmo. Tudo para mim em Peacemaker é uma jornada pessoal. Sabe, ele é caricato às vezes e muitas vezes muito engraçado. Mas eu levo isso, o personagem, muito a sério, e acho que no cerne disso está a história da jornada pessoal de Peacemaker, sua jornada emocional e a das outras Crianças da 11th Street. E isso é o que funciona com a dimensão alternativa.
Considerando a transição do DCEU para a DCU, algumas audiências podem achar a mudança entre as temporadas confusa. Por exemplo, membros da Liga da Justiça do DCEU, como Aquaman de Jason Momoa, apareceram no final da primeira temporada de Peacemaker, enquanto o próprio Peacemaker teve uma participação no recente filme da DCU do Superman.
No trailer da segunda temporada, o público viu Peacemaker entrando em confronto com uma forma alternativa de si mesmo, um tropo comum nas histórias do multiverso de super-heróis. Esta será provavelmente uma jornada absurda e ridícula, com o personagem sendo forçado a lidar interna e externamente consigo mesmo.
Os comentários de James Gunn implicam que o público não verá Peacemaker pulando entre várias dimensões, mas simplesmente trocando de uma para outra, onde ele será forçado a passar por uma jornada focada no personagem. Isso poderia significar que ele pensa que um novo começo em um mundo novo é um código para finalmente se tornar um herói, apenas para perceber que não é tão simples.
Talvez eu esteja louco por isso, mas a ideia de cânone sempre pareceu bastante redutora para mim. Os quadrinhos são complicados e estranhos, e tantas coisas mudam entre as histórias que nem a Marvel nem a DC têm uma compreensão concreta de sua própria história. Isso não é uma crítica, é simplesmente o que o meio exige. Eu simplesmente não entendo por que as adaptações não podem fazer o mesmo.
Tenho certeza de que a segunda temporada de Peacemaker explicará a semântica de por que ele agora está neste universo em vez do antigo, mas no final das contas, isso não importa realmente. Esta é uma série impulsionada por personagens que pode se destacar como uma história individual, e estou totalmente a favor de que ela abrace a estranheza.
De qualquer forma, vamos apenas esperar e ver o que a série tem a oferecer antes de entrar em pânico. Se a história sofrer por causa dos elementos do Multiverso, isso seria lamentável, mas confio que Peacemaker pode sobreviver à troca de universo.
