A segunda temporada de Peacemaker alterou significativamente o cenário do Universo DC (DCU) com a introdução de Salvation, um planeta alienígena interdimensional que a ARGUS transformou em prisão para metahumanos. Nos momentos finais do episódio, Christopher Smith se torna o primeiro detento de Salvation, preso em um mundo desconhecido enquanto criaturas misteriosas uivam à distância. Imediatamente após a estreia, fãs especularam que essas criaturas seriam parademons e que o DCU estaria preparando uma revelação sobre Darkseid, já que nos quadrinhos, DeSaad, seguidor de Darkseid, utiliza Salvation como campo de treinamento para os parademons. Contudo, essa hipótese foi desmentida pelo diretor James Gunn.






James Gunn explica o futuro de Salvation no DCU
Em entrevista ao canal New Rockstars, Gunn abordou a possibilidade de Darkseid fazer parte do planejamento do DCU. Ele afirmou que “usar Darkseid como o grande vilão agora não é necessariamente o ideal… por várias razões”, citando a abordagem de Zack Snyder e a influência de Thanos da Marvel. A teoria parecia plausível devido ao material original, mas Gunn optou por não introduzir o vilão neste momento, permitindo que o DCU, ainda em sua infância, consolide sua própria identidade sem comparações com o Universo Estendido da DC (DCEU) ou a popular Saga do Infinito da Marvel.
O objetivo é que o DCU se destaque, e Gunn não pretende copiar fórmulas já estabelecidas. Embora Darkseid possa eventualmente integrar o DCU, isso não ocorrerá tão cedo, especialmente enquanto as obras anteriores e a saga da Marvel ainda estiverem frescas na memória do público. Isso significa que o DCU não fará uma adaptação literal de Salvation Run, evitando conflitos como os de Lex Luthor contra o Coringa. Gunn mencionou que gostou do conceito de Salvation como uma prisão para metahumanos, indicando que elementos específicos serão aproveitados para construir uma história original.
Embora detalhes futuros sejam escassos, sabe-se que Salvation desempenhará um papel crucial em Man of Tomorrow, filme que explorará o conflito entre o governo dos Estados Unidos e os metahumanos. A colaboração entre Lex Luthor e Rick Flag Sr. é um dos pontos que o filme deve desenvolver. Assim que Superman descobrir sobre Salvation, é provável que ele tenha objeções à ARGUS.
As declarações de Gunn também desmentem uma possibilidade para a ameaça que forçará Superman e Lex Luthor a se unirem. Alguns fãs imaginavam uma invasão das forças parademons de Darkseid à Terra principal do DCU, uma situação que justificaria uma aliança drástica. Em vez disso, uma força antagônica diferente parece ser a causa dessa união. Com Darkseid e suas forças fora de cogitação, teorias sobre Brainiac ganham força, pois poucos supervilões na mitologia da DC são poderosos o suficiente para fazer Superman e Lex deixarem as diferenças de lado temporariamente.
Considerando que Salvation não será usada como plataforma para Darkseid no momento, será interessante observar como essa trama será desenvolvida nos próximos projetos do DCU. O aspecto de prisão parece ser o que mais atrai Gunn, prometendo ser uma fonte de conflito e drama em filmes e séries. A exploração da moralidade cinzenta de Salvation e o possível abuso de poder de Rick Flag Sr. como chefe da ARGUS podem gerar narrativas envolventes. Embora Superman queira criminosos fora de circulação, alguém que busca o bem em todos pode não concordar com uma prisão sem chance de reabilitação. O caminho da saga “Deuses e Monstros” do DCU ainda está em aberto, mas esse dilema ético é um alicerce promissor para futuros projetos.
Fonte: ComicBook.com