As histórias de origem de super-heróis como Superman, Batman e Homem-Aranha estão profundamente gravadas na memória cultural. O foguete de Krypton, os pais de Bruce Wayne na viela e a aranha radioativa são momentos icônicos recontados em quadrinhos, animações e filmes, de “Superman” (1978) a “Batman” (1989) e “Homem-Aranha” (2002). No entanto, para o futuro do DCU de James Gunn, essa abordagem está prestes a mudar drasticamente, começando com seu aguardado filme do Superman.
Em uma entrevista exclusiva ao The Times, James Gunn, co-presidente e CEO da DC Studios ao lado do produtor Peter Safran, foi enfático sobre o que o público não verá em suas próximas produções. “Há três coisas que eu nunca mais preciso ver em um filme de super-herói”, declarou Gunn. “Não preciso ver pérolas em um beco quando os pais do Batman são mortos.
Não preciso ver a aranha radioativa mordendo o Homem-Aranha. E não preciso ver o bebê Kal vindo de Krypton em um pequeno foguete. ”
Gunn aprofundou sua perspectiva, questionando a necessidade de sempre recontar as origens detalhadamente.
“Assistimos a milhões de filmes com personagens que não têm sua criação explicada, como quando vemos ‘Boa Noite e Boa Sorte’ e não precisamos saber a vida pregressa de Edward R. Murrow para explicar como ele se tornou um jornalista. Quem se importa.
“, ele continuou. Essa filosofia visa mergulhar o público diretamente na ação, tratando os heróis como figuras já conhecidas e estabelecidas. Para o filme *Superman*, que antes era intitulado *Superman: Legacy*, Gunn revela que a herança kryptoniana de Kal-El (com uma participação especial de peso) ainda informará sua história, mas sem focar na gênese de seus poderes ou em seu nascimento.
Em vez disso, o filme apresentará um Superman já estabelecido, no “terceiro ano” de sua jornada como herói. Lois Lane e Clark Kent já se conhecem, e Lex Luthor já nutre seu ódio pelo Homem de Aço, mesmo que pessoalmente não o conheça a fundo. Para contextualizar essa nova continuidade em um mundo ciente de meta-humanos por séculos, um texto de abertura no estilo *Star Wars* será utilizado.
Essa abordagem se estende também ao aguardado filme do Batman, *The Brave and the Bold*, parte do novo universo DC. Ao contrário de *Batman Begins* (2005) de Christopher Nolan ou *The Batman* (2022) de Matt Reeves, que focaram nas origens ou nos primeiros anos do Cavaleiro das Trevas, a versão de Gunn apresentará um Batman experiente. Isso significa que não haverá flashbacks para a fatídica noite no beco onde os pais de Bruce Wayne foram assassinados, um evento já explorado exaustivamente em filmes como *Batman* (1989) de Tim Burton e *Batman vs Superman: A Origem da Justiça* (2016) de Zack Snyder.
“Começamos bem no meio da ação”, confirmou Gunn ao ComicBook e outros veículos durante uma visita ao set de *Superman*. “O Superman já existe. Lois e Clark já se conhecem.
Lex [Luthor] odeia o Superman desde o começo, embora não se conheçam pessoalmente. Então, começamos bem no meio da ação. A história se passa em um curto período de tempo.
” Essa escolha audaciosa redefine a forma como o público se conectará com esses ícones, prometendo uma imersão imediata em um universo já vibrante. O elenco estelar de *Superman* inclui David Corenswet como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como Lex Luthor, ao lado de Edi Gathegi (Sr. Incrível), Anthony Carrigan (Metamorfo), Nathan Fillion (Lanterna Verde Guy Gardner), Isabela Merced (Mulher-Gavião), Skyler Gisondo (Jimmy Olsen), Sara Sampaio (Eve Teschmacher), María Gabriela de Faría (Engenheira), Wendell Pierce (Perry White), Neva Howell (Ma Kent), Pruitt Taylor Vince (Pa Kent), Sean Gunn (Maxwell Lord) e Frank Grillo (Rick Flag Sr.
). A promessa de uma narrativa fresca e direta, que honra o legado sem se prender ao passado, chega aos cinemas em 11 de julho.
