Hazbin Hotel: Sir Pentious pode ter resolvido o mistério de Jack, o Estripador

A segunda temporada de Hazbin Hotel na Prime Video está aprofundando as histórias de seus personagens. No episódio 2, intitulado “Storyteller”, a série entrega um momento emocionante que recontextualiza o arco de redenção de Sir Pentious. O episódio detalha a vida terrena do personagem e apresenta uma solução surpreendente para um dos mistérios mais famosos do true crime: a identidade de Jack, o Estripador.

Sir Pentious: Uma Nova Perspectiva Sobre Redenção

Após falhar em sua jornada de redenção na primeira temporada, Sir Pentious alcança um lugar no Céu em sua segunda morte, uma reviravolta inesperada. Agora, a série revela o motivo que o condenou ao Inferno: um pecado de omissão que o liga a um antigo terror. Sua culpa por não ter salvado vidas por medo formou a base de sua autodepreciação no Inferno. Hazbin Hotel tece esse horror histórico em uma tragédia pessoal, dando uma resposta fictícia para um enigma real.

A Confissão de Sir Pentious

O momento crucial do episódio ocorre quando Sir Pentious precisa contar sobre sua vida humana para um júri de anjos. Na época, ele era Pendleton, um inventor excêntrico em Londres, 1888. Como um indivíduo recluso e ansioso, ele testemunhou um assassinato em um beco. Ele reconheceu o assassino como um “cliente” com grande “influência na comunidade”. Paralisado pelo medo, Pentious não disse nada, e o homem continuou a matar mais cinco mulheres.

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Esta é uma referência clara ao infame caso de Jack, o Estripador, cujo reinado de terror começou em Londres em 1888 e está oficialmente ligado a cinco vítimas conhecidas como “As Cinco Canônicas”. No entanto, o número exato de vítimas permanece desconhecido.

A escolha de fazer de um pecador redimido a única testemunha do primeiro crime do Estripador é uma peça de ficção histórica e narrativa profunda. A revelação não apenas estabelece a falha que enviou Pentious ao Inferno – sua covardia diante da injustiça – mas também aborda décadas de especulação sobre a identidade do assassino. O detalhe de que o assassino era um “cliente influente” alinha-se com teorias de que o Ripper era um homem de alta posição social, capaz de se mover discretamente pela sociedade londrina.

Pistas Apontam para um Suspeito Real

As pistas fornecidas por Pentious restringem os suspeitos reais, apontando para um dos mais convincentes: Montague John Druitt. Druitt era um advogado rico e respeitado, que certamente possuía “muita influência” na sociedade vitoriana e poderia ter sido cliente de Sir Pentious de alguma forma. Sua posição social se alinha com a descrição de Pentious, descartando teorias focadas na realeza ou em trabalhadores de baixa classe.

Além disso, a linha do tempo da vida de Druitt coincide com o fim dos assassinatos do Estripador. Os crimes cessaram em novembro de 1888, e Druitt foi internado em um asilo mental naquela época. Ele foi encontrado morto no Rio Tâmisa em dezembro de 1888, em um aparente suicídio. Por décadas, especula-se que sua morte tenha sido a razão pela qual os assassinatos pararam abruptamente.

A escolha de focar em um perfil como o de Druitt – um homem privilegiado que escapou da justiça tirando a própria vida – oferece um comentário sobre a capacidade dos poderosos de evadir a responsabilização, um tema que ressoa profundamente no contexto do Inferno e seus pecadores.

A falha de Pentious em falar é um reflexo de uma sociedade que permitiu que um assassino rico agisse com tanta audácia. Hazbin Hotel oferece uma solução fictícia que é incrivelmente satisfatória, não apenas como uma fusão de história e ficção, mas como um momento crucial na longa jornada de redenção de Sir Pentious, que finalmente pode se livrar de uma vida (e vida após a morte) de culpa.

Fonte: ComicBook.com