Preservar jogos antigos é um desafio crescente na indústria, e a GOG.com, plataforma de venda de jogos digitais pertencente à CD Projekt Red, tem enfrentado dificuldades nesse processo. Marcin Paczynski, gerente sênior de desenvolvimento de negócios da GOG, revelou em entrevista ao The Game Business que a missão de manter jogos clássicos jogáveis em hardware moderno é mais complexa do que o esperado.


Desafios da Preservação de Jogos
Segundo Paczynski, a deterioração da tecnologia e dos próprios jogos acontece mais rápido do que o previsto. Os problemas vão além de simplesmente não conseguir iniciar um título. Ele cita dificuldades como a falta de suporte a controles modernos, resoluções de tela ultrawide, e até mesmo funcionalidades básicas como minimizar o jogo.
A Busca por Direitos Autorais
Um dos maiores obstáculos é a obtenção dos direitos de propriedade intelectual de jogos mais antigos. Paczynski relatou um caso em que a GOG precisou contratar um investigador particular para localizar um indivíduo que vivia recluso no Reino Unido. Essa pessoa, sem saber, havia herdado os direitos de vários jogos. Ao ser encontrado, ele se mostrou receptivo à ideia de preservar o ‘legado de sua família’, conforme descrito por Paczynski.

Ele também mencionou o caso da Nightdive, um estúdio focado em remasterizações, que surgiu após o fundador não conseguir jogar System Shock. Após rastrear a companhia de seguros que detinha os direitos da franquia, ele os adquiriu e iniciou o trabalho de refazer o aclamado título.
Fim do DRM e Futuro da Preservação
Paczynski expressou frustração com a gestão de direitos digitais (DRM), que dificulta os esforços de preservação. Ele sugere que desenvolvedoras de jogos Triple-A removam o DRM de títulos mais antigos após alguns anos, visando facilitar o trabalho de preservacionistas futuros. No entanto, ele reconhece que isso raramente acontece, pois o foco executivo muitas vezes não se estende à preservação cultural dos jogos.

Fonte: TheGamer