Estudo da APA: Vídeos curtos de TikTok e YouTube prejudicam saúde mental

Um estudo abrangente com quase 100.000 participantes, conduzido pela Associação Psicológica Americana (APA), aponta que o consumo excessivo de vídeos curtos em plataformas como TikTok e YouTube pode ser prejudicial à saúde mental. A pesquisa analisou 71 artigos científicos e correlacionou seus resultados para chegar a conclusões sobre o impacto dessas mídias.

Impacto na Saúde Mental e Isolamento Social

O relatório da APA destaca que a natureza imersiva e o scroll infinito dos vídeos curtos (SFVs) estão associados a um aumento do isolamento social. A substituição de interações do mundo real por engajamento digital passivo pode exacerbar sentimentos de solidão. Essa dependência de interações online também foi correlacionada com menor satisfação com a vida em jovens e adultos.

Embora alguns estudos tenham reportado ausência de associação entre o uso de SFVs e índices de saúde mental, a maioria das evidências aponta para preocupações significativas. Algumas pesquisas indicam associações negativas com a autoestima e a imagem corporal, além de problemas com a qualidade do sono.

Declínio da Atenção e Habilidades Cognitivas

Um dos achados mais preocupantes é a evidência de que o consumo massivo de vídeos curtos pode diminuir a capacidade de atenção. A alta estimulação proporcionada por esses conteúdos pode dessensibilizar o cérebro, levando a um desempenho de leitura inferior e à dificuldade em resolver problemas. Um estudo de 1970 sobre processamento cognitivo geral, citado no relatório, já indicava essa tendência.

A pesquisa, que combinou dados de 71 artigos científicos, sugere que o uso desenfreado dessas plataformas pode ter consequências duradouras para as funções cognitivas. A evidência aponta para um declínio na capacidade de concentração e processamento de informações complexas.

Fonte: TheGamer