Menos de dois meses após seu retorno à ABC, o apresentador Jimmy Kimmel voltou a ser alvo de críticas de Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos pediu a demissão de Kimmel, alegando falta de talento e baixa audiência.
Trump critica cobertura de Kimmel sobre Jeffrey Epstein
As novas declarações de Trump surgiram após o monólogo de Kimmel na quarta-feira, onde o apresentador comentou as ligações do presidente com Jeffrey Epstein. Kimmel brincou que o “Furacão Epstein” estava prestes a “atingir a costa” após a divulgação de mais arquivos sobre o caso.
Trump questionou a permanência de Kimmel na emissora, chamando-o de “totalmente tendencioso” e exigindo sua saída do ar. “Por que a ABC Fake News mantém Jimmy Kimmel, um homem sem talento e com péssimos índices de audiência, no ar?”, declarou o ex-presidente.
Histórico de tensões entre Trump e Kimmel
Kimmel, por sua vez, provocou Trump em seu programa, afirmando que o ex-presidente não ficava tão nervoso ao assinar algo desde o nascimento de seu filho mais velho. Ele também comentou sobre a divulgação dos arquivos de Epstein, sugerindo que o público poderia descobrir “o que o presidente sabia e qual a idade dessas mulheres quando ele sabia”.
Essa não é a primeira vez que Trump reage às críticas de Kimmel. Anteriormente, o ex-presidente chegou a ameaçar processar a ABC e declarou que Kimmel deveria “apodrecer em seus maus índices de audiência”. A rivalidade entre o apresentador e o ex-presidente é um capítulo contínuo na história da televisão.
Decisões de emissoras e reações sindicais
A exigência de Trump sobre “sindicatos de TV” remete à primeira vez que Kimmel foi retirado do ar. Antes da própria ABC tomar a decisão, as emissoras Sinclair Broadcast Group e Nexstar já haviam retirado o programa de suas afiliadas. A medida gerou controvérsia e acusações de violação da liberdade de expressão.
A situação provocou reações de sindicatos de Hollywood, como SAG-AFTRA, e chamados para boicotes. Houve também um aumento significativo nas taxas de cancelamento de serviços de streaming como Disney+ e Hulu. Mesmo vozes conservadoras, como o senador Ted Cruz, criticaram a forma como o caso foi conduzido, especialmente após declarações públicas do presidente da FCC, Brendan Carr, pressionando as emissoras a agirem.
A pressão generalizada acabou levando ABC, Sinclair e Nexstar a trazerem Kimmel de volta, resultando em alguns dos programas com maior audiência de sua carreira.
Fonte: Collider