Um dos roteiristas da série britânica Doctor Who acredita que a ficção científica está em seu pior momento. A produção, que foi revivida em 2005 com Christopher Eccleston, passou por diversas mudanças de elenco e direção artística ao longo dos anos.

Russell T. Davies liderou o retorno da série, introduzindo David Tennant como um dos Doutores mais aclamados pelo público. Após sua saída em 2010, Steven Moffat assumiu o comando, trazendo novas fases para a história do Senhor do Tempo. A série inovou ao apresentar a primeira mulher como Doutora, interpretada por Jodie Whittaker, seguida por Ncuti Gatwa.
No entanto, Robert Shearman, roteirista do episódio “Dalek” de 2005, expressou recentemente sua visão sobre o estado atual da série. Em entrevista à Doctor Who Magazine, Shearman declarou que a série está “tão morta quanto jamais a conhecemos”. Ele argumenta que, sem um Doutor definido no momento, a produção corre o risco de se tornar retrógrada.
O Futuro Incerto de Doctor Who
Shearman comparou a situação atual com o período após 1989, quando a série foi cancelada. Naquela época, mesmo sem novas produções, sempre havia um Doutor em atividade. Atualmente, a falta de um Doutor contemporâneo pode fazer com que qualquer novo material lançado pareça obsoleto.
“Ninguém vai começar a escrever livros de Doctor Who com um Doutor como o da Billie Piper, porque ninguém sabe o que isso significa. De uma forma engraçada, os momentos finais de ‘The Reality War’ parecem colocar um ponto final nas coisas. Nós não tínhamos isso antes”, comentou o roteirista.
Apesar das dificuldades recentes, a série, que estreou em 1963, continua sendo a mais longa franquia de ficção científica do mundo. A declaração de Shearman sugere que o futuro de Doctor Who é incerto, exigindo criatividade para trazer a série de volta aos trilhos.
Ainda não há informações sobre quem interpretará o próximo Doutor ou se ainda há interesse do público por novas histórias. A série parece estar em um hiato indefinido, aguardando uma nova direção criativa. Shearman sugere que a série pode estar em um fim silencioso, mas o passado demonstra que há sempre espaço para novas encarnações do icônico personagem.
Para reconquistar a audiência, a série precisará de mudanças significativas, tanto na direção narrativa quanto na escolha do protagonista. A equipe criativa terá o desafio de inovar para reafirmar Doctor Who como uma força cultural.
Fonte: ScreenRant