Doctor Who: 7 Vezes Que o Doutor Ultrapassou Limites e Chocou Fãs

7 Momentos Chocantes do Doutor em Doctor Who: Quando o Senhor do Tempo Ultrapassou Limites

O icônico Doutor de Doctor Who nem sempre é o herói que esperamos. Relembre 7 momentos chocantes que desafiam sua imagem de salvador e geraram debates entre os fãs.
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O Doutor é, em muitos aspectos, o herói de contos de fadas pelo qual torcemos: um louco em uma caixa que viaja pelo espaço e tempo para salvar civilizações, derrotar monstros e lutar pelo que é certo.

No entanto, ao longo de mais de sessenta anos de aventuras intergalácticas, Doctor Who deixou claro que existe um lado mais sombrio em seu protagonista, o Senhor do Tempo.

Seja impulsionado pela dor, excesso de confiança ou simplesmente pelo peso de escolhas impossíveis, o Doutor ocasionalmente ultrapassa os limites entre o certo e o errado, quebrando a promessa que jurou manter: ‘Nunca Cruel ou Covarde’.

E quando isso acontece, as consequências são frequentemente profundas – tanto para o Doutor quanto para o universo em geral. A seguir, exploraremos alguns dos momentos em que o Doutor, inegavelmente, foi longe demais.

Um dos momentos mais chocantes para muitos fãs ocorreu no especial de Natal do Décimo Doutor, ‘The Runaway Bride’.

Nele, a encarnação de David Tennant do renegado Senhor do Tempo confronta a Racnoss, um ser aranha ancestral que ameaça despertar seus filhos adormecidos e destruir a Terra.

Após falhar em sua tentativa de razão, o Doutor decide inundar o túnel que leva aos filhotes, sabendo que isso resultaria na extinção da espécie.

Este foi, possivelmente, o primeiro exemplo desde o reinício da série por Russel T Davies em 2005, onde vimos o Doutor fazer a ‘coisa errada’.

Embora ele tenha chegado perto em outras ocasiões, como ao quase matar um Dalek indefeso em ‘Dalek’ ou ao ameaçar aniquilar metade da Terra em ‘The Parting of the Ways’, nesses casos ele parou antes de cometer um genocídio literal.

Aqui, contudo, ele observa friamente a perdição dos Racnoss, ignorando os apelos de uma compassiva Donna Noble.

Para uma nova geração de espectadores de Doctor Who, foi um dos primeiros indícios do quão perigoso o Doutor poderia ser sem alguém para mantê-lo centrado, especialmente quando ainda estava consumido pela dor da perda de Rose no final da segunda temporada, ‘Doomsday’.

Ao pensarmos nos momentos mais sombrios do Doutor, a narrativa do ‘Senhor do Tempo Vitorioso’ em ‘The Waters of Mars’ é frequentemente lembrada.

Considerado um dos episódios mais impactantes da era moderna de Doctor Who, a trama vê o Doutor visitar Marte e encontrar a tripulação condenada da primeira missão tripulada ao planeta.

Em um aparente ato de misericórdia, ele decide alterar a história e salvar suas vidas.

Contudo, o Doutor sabia que a destruição da Base Bowie Um e a morte de sua tripulação era um ponto fixo no tempo, imutável sem consequências catastróficas.

Percebendo que, sendo o último de sua espécie, não havia mais ninguém para responsabilizá-lo, o Doutor, em um momento de puro ego, salva a Capitã Adelaide e sua tripulação restante, acreditando ter o direito de determinar o destino deles – proclamando-se o ‘Senhor do Tempo Vitorioso’.

Sua arrogância, porém, dura pouco. Adelaide tira a própria vida para preservar a linha do tempo, deixando o Doutor abalado e ciente de que ninguém, nem mesmo ele, pode dobrar o tempo à sua vontade.

Complementada por uma trilha sonora assombrosa de Murray Gold, é uma cena chocante e um momento de verdadeira soberba que perdura na memória dos fãs.

Mais recentemente, na segunda temporada da ‘Era RTD2’ (que marca a segunda fase de Russel T Davies como showrunner, a partir dos especiais de 60 anos em 2023), o Décimo Quinto Doutor de Ncuti Gatwa e Belinda se encontram no 803º Concurso de Canções Interstelares.

O que parecia ser um dos episódios mais leves de Doctor Who rapidamente se transforma em um dos mais sombrios, quando é revelado que, por trás do brilho e glamour, Kid, um rebelde da raça Hellion ostracizada, planeja a morte de 3 trilhões de pessoas assistindo ao programa como retribuição pela destruição de seu planeta natal.

Embora o assassinato calculado de trilhões de pessoas seja injustificável, a resposta do Doutor ao descobrir o plano também não foi.

Ele essencialmente tortura Kid, usando repetidamente um holograma para atordoá-lo com um taser.

Para agravar a situação, não fica claro se o Doutor estava ciente dos motivos por trás do desejo de vingança de Kid antes de descarregar sua raiva no Hellion.

Alguns espectadores criticaram a abordagem pesada da roteirista Juno Dawson ao lidar com um tema tão sensível, especialmente porque o incidente é superficialmente tratado no restante do episódio.

Deixando de lado a questionável imagem do Doutor condenando um ‘lutador pela liberdade’, a ação pareceu extremamente fora de personagem para o Senhor do Tempo, que, apesar de momentos de arrogância, raramente recorre à violência física.

A Regra Número Um: O Doutor mente.

De fato, o Doutor pode ser frio e calculista quando a situação exige, e não está acima de recorrer à manipulação se isso significa garantir o melhor resultado.

Isso é uma coisa quando ele manipula um adversário, mas é outra completamente diferente quando o alvo é uma de suas companheiras mais próximas.

O relacionamento do Sétimo Doutor com Ace é um exemplo clássico, especialmente no arco ‘The Curse of Fenric’.

Ao longo de sua jornada, o Doutor consistentemente manipula Ace, escondendo segredos sobre sua origem e destino, e usando-a como um peão em seus jogos maiores.

Ele a força a confrontar seus medos mais profundos e trauma pessoal, muitas vezes sem a devida explicação ou consentimento.

Essa manipulação deliberada, que se estende por vários episódios, revela um lado do Doutor que prioriza o ‘bem maior’ de forma tão fria que beira a crueldade, abalando a confiança e a inocência de sua jovem amiga.

Isso levanta questões éticas profundas sobre o custo de ser o salvador do universo.

Esses são apenas alguns exemplos que sublinham a complexidade moral do personagem principal de Doctor Who.

Embora seja um bastião de esperança e bondade, o Doutor também é um ser com falhas, capaz de decisões extremas e sacrifícios questionáveis em nome de um bem maior.

Esses momentos, por mais perturbadores que sejam, são cruciais para a profundidade do personagem, lembrando-nos que mesmo os maiores heróis podem ser assombrados por suas escolhas e que o peso de viajar pelo tempo e espaço pode levar qualquer um aos seus limites mais sombrios.

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