Dick Van Dyke confirma que recusou o papel principal em um filme de James Bond por um motivo bastante válido: seu sotaque britânico. Quando Sean Connery deixou o papel após 007 – Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (1967), os produtores buscaram um substituto. George Lazenby assumiu o posto, mas sua única aparição como 007 não agradou o público na época.
A busca por um novo 007
Antes de Lazenby, Albert R. Broccoli e Harry Saltzman consideraram diversos atores para o papel de 007. Nomes como Terence Stamp, Oliver Reed e Michael Caine foram cogitados. Uma escolha menos óbvia foi Dick Van Dyke, conhecido por seu carisma em produções familiares.
Van Dyke era famoso por Mary Poppins e atuou em Chitty Chitty Bang Bang (1968), baseado em um livro de Ian Fleming. No entanto, o motivo para recusar 007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade não foi a sua persona pública.
O sotaque como impedimento
Em entrevista ao programa Today, Van Dyke revelou que duvidava de sua capacidade de reproduzir o sotaque britânico exigido pelo personagem. “Eles disseram: ‘Você gostaria de ser o Bond?’ E eu respondi: ‘Vocês já ouviram meu sotaque britânico?'”, contou o ator.
O sotaque de Van Dyke em Mary Poppins é notoriamente criticado. Em um filme de James Bond, sem o humor e a fantasia, a falha vocal seria impossível de ignorar.
O legado de 007 e a escolha de Lazenby
George Lazenby, um australiano, assumiu o papel. Embora seu sotaque em 007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade não tenha sido perfeito e algumas falas tenham sido dubladas, o filme é hoje considerado um clássico. A participação de Lazenby, no entanto, não foi tão bem recebida quanto a de Van Dyke poderia ter sido, dada a sua inclinação para o estilo mais caricato.
Se Dick Van Dyke tivesse aceitado o papel, a história de James Bond poderia ter sido muito diferente. A dificuldade com o sotaque, combinada com seu estilo mais teatral, provavelmente teria sido recebida com ainda menos entusiasmo. Diferente de Lazenby, é difícil imaginar que uma interpretação de Van Dyke como James Bond conquistasse gerações futuras.
Fonte: ScreenRant