A fantasia é, sem dúvida, um gênero adorado por muitos, mas a fantasia sombria está atingindo novos patamares de popularidade na televisão atualmente. Diversas produções neste campo conseguem mesclar o sobrenatural e o mágico com uma atmosfera pesada, repleta de reviravoltas inesperadas, personagens complexos e moralmente ambíguos, além de mundos perigosos onde ameaças são constantes e as escolhas carregam consequências reais – e muitas vezes cruéis. Se você ainda pensa que fantasia se resume a espadas e heróis perfeitos, é hora de repensar: aqui, não há distinção clara entre heróis e vilões, e o que realmente importa é quem sai por cima.
Mas quais são as melhores já feitas. Esta lista, que classifica algumas das melhores séries de fantasia sombria, é o seu ponto de partida para entender o que torna o gênero tão fascinante hoje em dia. Em nono lugar, temos “Shadow & Bone”, uma série cujo universo é, em teoria, bastante interessante: Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã, descobre ter uma rara habilidade que pode salvar seu país, dividido por uma ameaça sombria conhecida como Dobra das Sombras.
O problema é que, na prática, a série se perde no desenvolvimento de personagens e em uma trama que não mantém um ritmo forte, apoiando-se excessivamente na estética em detrimento do desenvolvimento substancial. Não é uma série ruim – muito pelo contrário, “Shadow & Bone” entretém, especialmente considerando ser uma adaptação de livros (que também influenciou o lançamento da série “Six of Crows”). No entanto, comparada a outras fantasias sombrias, não deixa uma marca tão profunda, com seu público bastante nichado, mas leal.
Logo em seguida, em oitavo lugar, “The Witcher” chegou ao streaming com a intenção de causar grande impacto, e conseguiu. Geralt de Rívia (Henry Cavill) é um personagem que carrega a série nas costas, ambientada em um mundo de monstros, política e magia incrivelmente envolvente. A série segue este caçador de monstros solitário enquanto ele navega por um continente repleto de intrigas e criaturas perigosas.
“The Witcher” é uma excelente fantasia sombria, mas sua estrutura não-linear e tropeços ocasionais na escrita (apesar das cenas de ação de ponta) a colocam nesta posição, embora sua base de fãs seja imensa e tenha trazido um tom mais sombrio e maduro ao gênero. Descendo na lista para a sétima posição, “Chilling Adventures of Sabrina” realmente impressiona quando falamos de fantasia sombria. Esta série sabe exatamente o que quer: horror gótico com uma vibe adolescente, muita bruxaria e temas modernos.
A história segue Sabrina Spellman (Kiernan Shipka), uma jovem meio-bruxa, meio-mortal que precisa conciliar sua vida normal, os desafios do ocultismo e as pressões de uma família de bruxos tradicional. Seu estilo visual gótico é um dos pontos mais fortes, e a série não tem medo de mergulhar em tópicos controversos. Por outro lado, às vezes a escrita parece dividida entre o horror genuíno e o drama adolescente, o que pode diluir seu impacto.
Ainda assim, é uma série que vale a pena para quem busca uma mistura de elementos sobrenaturais, comentários sociais e um toque de excesso estilístico, destacando-se quando se procura algo verdadeiramente sombrio. Em sexto lugar, “True Blood” representa um marco. Enquanto a febre vampírica vai e volta no cinema e na TV, “True Blood” foi um sopro de ar fresco ao estrear, apresentando vampiros vivendo abertamente entre humanos e misturando suspense, política e crítica social de forma ousada e adulta.
A história centra-se em Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma garçonete telepata que se envolve com vampiros (e outras criaturas) na pequena e secreta cidade de Bon Temps. Sookie traz uma energia interessante que nos faz importar com os conflitos sobrenaturais. Sua principal falha foi tentar ir longe demais em temporadas posteriores, com enredos que se tornaram um tanto confusos.
Mas, honestamente, “True Blood” mantém um status histórico e quase cult, sendo inegável o peso cultural e o impacto que a série teve no gênero, pioneira em muitos aspectos. Por fim, em quinto lugar e cortando nossa lista parcial, “Supernatural” é, após 15 temporadas, um verdadeiro monumento para os fãs de fantasia sombria. Quem nunca ouviu falar dos irmãos Winchester.
A série acompanha Sam (Jared Padalecki) e Dean (Jensen Ackles) enquanto caçam diversas criaturas sobrenaturais e enfrentam ameaças maiores. O que realmente se destaca aqui (e é raro em muitas séries) é a química genuína entre os dois protagonistas. Junto a isso, a mistura de horror, drama, e o toque de humor fazem de “Supernatural” uma experiência completa e duradoura.
Esta série solidificou seu lugar no panteão da fantasia sombria, provando que uma boa história de caça a monstros com laços familiares fortes pode resistir ao teste do tempo. Estas séries demonstram a riqueza e a capacidade de reinvenção da fantasia sombria, convidando os espectadores a explorar mundos onde a linha entre o bem e o mal é tênue e cada decisão tem um preço.
