Gerard Butler é um nome sinônimo de blockbusters, com papéis icônicos em filmes como “300”, “Código de Conduta” e “Covil de Ladrões”. No entanto, nem todos os seus projetos alcançaram o mesmo patamar de sucesso. Em 2016, o ator estrelou um épico de fantasia com um elenco estelar que, apesar das grandes expectativas, foi um desastre de crítica e bilheteria, tornando-se rapidamente um filme esquecido.
Quase uma década após seu lançamento inicial, essa mesma produção encontrou uma nova vida e um público fervoroso na Netflix, provando que algumas histórias merecem uma segunda chance. Estamos falando de Deuses do Egito. Dirigido por Alex Proyas, Deuses do Egito mergulha na mitologia egípcia antiga, narrando a épica luta pelo poder entre Set (interpretado por Gerard Butler), o Deus Egípcio do Deserto, e Hórus (Nikolaj Coster-Waldau), o Deus Egípcio do Ar.
Quando Set mergulha a terra no caos, Hórus une forças com um ladrão mortal, Bek (Brenton Thwaites), para salvar a humanidade. O elenco de apoio é igualmente impressionante, com nomes como Chadwick Boseman, Élodie Yung, Courtney Eaton, Rufus Sewell, Geoffrey Rush e Bryan Brown, todos encarnando diversas divindades e figuras egípcias.
A reviravolta mais surpreendente é o ressurgimento de Deuses do Egito nas paradas de streaming.
Para a semana encerrada em 10 de agosto, o filme figurou em 10º lugar na lista geral de filmes mais assistidos nos Estados Unidos, superando concorrentes recentes e até mesmo outro filme de Butler, “Kandahar”, que ficou em 6º. A popularidade do filme só aumentou desde então. Em 14 de agosto, Deuses do Egito escalou para a 6ª posição entre os filmes mais vistos na Netflix nos EUA, consolidando seu status como um sucesso inesperado.
Esse sucesso atual na Netflix é particularmente notável, dada a performance desastrosa do filme em seu lançamento cinematográfico. Deuses do Egito recebeu críticas negativas generalizadas. Os principais pontos de reclamação incluíam a falta de diversidade no elenco (com atores predominantemente brancos interpretando deuses egípcios), uma narrativa fraca, efeitos visuais e sequências de ação questionáveis, além de diálogos considerados “constrangedores”.
A enxurrada de críticas levou o diretor Alex Proyas a responder publicamente. Em uma publicação no Facebook, Proyas expressou sua frustração com a mentalidade dos críticos, escrevendo: “Parece que a maioria dos críticos passa o tempo tentando descobrir o que a maioria das pessoas vai querer ouvir. Como eles fazem isso.
Hoje em dia é tão fácil… basta navegar na net para ler outras resenhas ou o que os blogueiros estão dizendo – não importa quão equivocada possa ser a opinião sobre um filme antes mesmo de ele ser lançado. ” As pontuações no Rotten Tomatoes refletiram o desdém: um mísero 15% de aprovação da crítica e 37% da audiência. O desempenho nas bilheterias não foi melhor, arrecadando apenas US$ 150 milhões globalmente contra um orçamento massivo de US$ 140 milhões, configurando-o como um verdadeiro fracasso de bilheteria.
Após seu lançamento, Deuses do Egito caiu no esquecimento, ofuscado por produções maiores do ano e pelos novos projetos de seu elenco estelar. O próprio Alex Proyas não dirigiu outro longa-metragem desde então. No entanto, a recente adição do filme ao catálogo da Netflix reabriu as portas para uma nova audiência, dando a essa ambiciosa, embora imperfeita, fantasia uma segunda chance de ser descoberta e, surpreendentemente, apreciada por milhões de espectadores ao redor do mundo.
