Anos após assombrar pesadelos, o autor rastreou o obscuro terror britânico Darklands, descobrindo que talvez fosse melhor deixá-lo esquecido. Como fã de horror, o autor viu muitos filmes antes da idade recomendada, mas enquanto alguns como Halloween ou a franquia Hellraiser eram assustadores e emocionantes, outros como Day of the Dead ou Zombie Flesh Eaters de Lucio Fulci deixaram uma marca pelo gore visceral.




Essa experiência de assistir a filmes um pouco mais cedo do que o permitido pela classificação etária intensificou seu impacto. No entanto, revisitar essas obras como adulto frequentemente leva à decepção, pois a memória se mostra mais poderosa do que a realidade do filme. Um exemplo disso é a cena de transformação em Superman III, que traumatizou muitos, mas hoje parece simplória.
Algo similar ocorreu após rastrear o filme de 1996, Darklands. A memória do filme era de algo chocante e maduro, com cenas como o assassinato de um padre com uma motosserra ou a imagem de um homem sendo arrastado para um altar de sacrifício, que permaneceram vívidas por anos.
O Obscuro Terror Britânico Darklands Assustou na Infância

O filme foi visto tarde da noite nos anos 90, sem que o autor soubesse o título ou o enredo. A história acompanha um jornalista, interpretado por Craig Fairbrass, que investiga uma morte misteriosa. Ao se aprofundar na investigação, ele se torna alvo de um culto que pratica magia negra e sacrifícios humanos.
Na memória do autor, Darklands se destacava como um dos mais intensos filmes de terror britânicos, com momentos chocantes e adultos que o marcaram profundamente.
Foi também uma das primeiras experiências com um final verdadeiramente sombrio, que encerrou o filme de forma espetacularmente desoladora. Por anos, o autor não o revisitou, não por medo, mas por não saber seu nome, chegando a pensar que poderia ser um episódio de alguma série de terror britânica.
Darklands é uma Cópia Descarada de The Wicker Man

Recentemente, ao ver o trailer do filme, o autor percebeu que se tratava de Darklands. Para fins nostálgicos, decidiu revê-lo e, embora haja elementos positivos, a experiência foi decepcionante.
Uma das principais críticas é que Darklands se inspira fortemente em The Wicker Man, outra obra sobre um protagonista obcecado que é perseguido por um culto pagão. Desde a confiança do herói em pessoas secretamente ligadas ao culto até as interlúdios musicais, o filme de 1996 parece uma versão mais urbana do clássico de Christopher Lee.
Darklands é notável por ser o primeiro filme de terror galês, e apesar de possuir algumas sequências assustadoras e uma atuação sólida de Fairbrass, é ofuscado pelas comparações com The Wicker Man. Falhas em alguns atores coadjuvantes e um enredo que não se sustenta completamente também prejudicam a obra.
Desejo Ter Deixado Darklands Como Uma Memória Poderosa

Retornar a Darklands foi agridoce. Havia o desejo de amá-lo novamente, e há aspectos genuinamente apreciados, como os últimos 20 minutos, que são bastante apavorantes. Contudo, como uma lembrança nebulosa e parcialmente esquecida da infância, o filme não conseguiu replicar o poder que possuía.
Para aqueles que buscam um filme de horror obscuro dos anos 90 com sustos bem executados, Darklands pode valer a pena. Para o autor, no entanto, a experiência serviu para destacar os perigos de revisitar obras que deixaram uma forte impressão na infância.

Fonte: ScreenRant