A série The Mighty Nein continua o domínio de Critical Role no universo do entretenimento nerd. Nascida de um jogo caseiro de Dungeons & Dragons e evoluindo para uma saga épica, The Mighty Nein é a segunda adaptação animada das campanhas de RPG do grupo.
Durante a estreia de The Mighty Nein em Hollywood, Screen Rant conversou com a showrunner Tasha Huo e os astros Laura Bailey, Taliesin Jaffe, Ashley Johnson, Matthew Mercer, Liam O’Brien, Marisha Ray, Sam Riegel, Travis Willingham e Khary Payton sobre o legado de Critical Role e a alegria de jogar D&D.
Trazendo The Mighty Nein à vida
Como fã de Critical Role antes de assumir o papel de Showrunner em The Mighty Nein, Tasha Huo explicou que se sente privilegiada com o trabalho. Ela destacou a oportunidade de dialogar diretamente com os personagens, como perguntar a Caleb o motivo de certas ações.
Um dos objetivos centrais da produção foi garantir que The Mighty Nein se diferenciasse de The Legend of Vox Machina. Huo enfatizou o desejo de que ambas as séries fossem únicas, mas ainda assim parte do mesmo universo.
Descrevendo a série como mais madura e sombria que a aventura de fantasia mais direta de Vox Machina, Huo ressaltou que a narrativa é mais sofisticada, demonstrando a profundidade do mundo criado por Critical Role.
The Mighty Nein celebra 10 anos de Critical Role
Além da nova série, Critical Role celebra seu décimo aniversário com a quarta temporada de The Legend of Vox Machina e o lançamento de sua Campanha 4.
Matthew Mercer descreveu a longevidade do projeto como algo inacreditável, expressando gratidão pela raridade de algo assim e o compromisso em dedicar todo o esforço a cada ano.
Marisha Ray concordou, afirmando que nada é dado como certo e que o objetivo inicial não era criar um “império nerd”, mas que o sucesso veio inesperadamente. Ela brincou que só descansarão quando morrerem.
Taliesin Jaffe ainda se surpreende com o desenvolvimento, considerando que tudo é uma “explosão de deleite” e que agora, com desenhos animados e figuras de ação, ele precisa pensar em novos objetivos, talvez um parque temático.
Ashley Johnson, colega de Jaffe em Weird Kids, acrescentou que a experiência nunca envelhece, e cada novo projeto é sempre novo, emocionante e selvagem. Todos expressam profunda gratidão pela jornada.
Laura Bailey destacou que foi há sete anos que começaram a interpretar esses personagens, e é incrível ver tudo isso se concretizar. Travis Willingham concordou, descrevendo o crescimento como um “tsunami”.
Willingham e Bailey, que também atuam em Dispatch, da AdHoc Games, explicaram que o sucesso se deve ao público. Eles expressaram o desejo de ajudar outros criadores a trazerem suas histórias à tona.
Sam Riegel se disse sortudo por poder contar essas histórias e trazer o mundo de Critical Role aos espectadores, destacando que a maior alegria é passar tempo com seus melhores amigos há 10 anos, o que ele considera o “emprego dos sonhos”.
Liam O’Brien refletiu sobre suas ambições juvenis, afirmando que ele e seus amigos superaram seus sonhos. Ele completou o ciclo, usando suas paixões nerds para a arte e se divertindo imensamente.
Retornando às Terras de Wildemount
Um dos aspectos empolgantes de uma série como The Mighty Nein para o elenco é a chance de revisitar personagens que não interpretam há anos. A segunda grande campanha de Critical Role, que ocorreu de 2018 a 2021, apresentou um grupo selvagem de criminosos, fugitivos e desajustados.
Jaffe comentou que eles podem ajustar as coisas um pouco, o que o agrada. Ele explicou que o conhecimento prévio dos arcos de personagens como seu Mollymauk “Molly” Tealeaf permitiu polir detalhes, algo que o deixa animado.
Para Ray, revisitar Beau foi ótimo para explorar mais sua história e origem. Ela também elogiou a forma como os animadores deram vida ao seu estilo de luta, algo que ela tenta descrever de maneiras diferentes ao jogar.
Johnson relembrou que Yasha era complicada na Campanha 2 devido a outros compromissos, mas que conseguiram fazer ajustes na história para que tudo fizesse sentido. Ela está ansiosa para ver a reação de quem não acompanhou a campanha e considera Yasha uma de suas personagens favoritas.
Mercer comparou a experiência ao retorno de Vox Machina, destacando o quanto sentem falta desses personagens e a empolgação em reviver suas histórias. Ele também está animado para interpretar Essick.
Willingham explicou que revisitar personagens como Fjord desde o início, anos atrás, tem sido ótimo, relembrando suas origens e reencontrando as emoções ao se conhecerem pela primeira vez.
Bailey concordou, brincando com o “puxão gravitacional” de sua personagem, Jester, e o impacto que ela tem na temporada.
Para Riegel, o desafio de revisitar Nott foi a performance vocal, descrevendo-a como uma “bola de nervos” que grita muito, exigindo aquecimento vocal para os berros. Ele gosta de interpretar personagens que expressam suas emoções abertamente.
O’Brien lamentou algumas de suas escolhas de personagem, brincando sobre o “tempo difícil” de Caleb Widogast, o que é consistente com o arco do Mago na série.
Khary Payton, que interpretou Shakäste na Campanha 2 e tem um papel em The Mighty Nein, relembrou que nunca jogou D&D antes de interpretar Shakäste. Para ele, é um “retorno para casa” e ele é imensamente grato, comparando a sensação de rolar dados a um jogo de futebol.
Um Rolar de Dados e uma Nova Ficha de Personagem
Dada a natureza de Critical Role, foi perguntado ao elenco para criar um novo personagem na hora. Huo riu e disse que seria uma feiticeira Tiefling com um passado demoníaco.
Jaffe mencionou que não joga de Elfo há algum tempo e está interessado em Feiticeiros. Bailey também escolheu Feiticeira, enquanto Willingham optou por Mago, descrevendo ambos como “frágeis”. Bailey também expressou entusiasmo por outro personagem Elfo, devido aos seus bônus.
Riegel admitiu amar Bardos e gostaria de interpretar algo que não se parecesse com ele, talvez um “bardo tartaruga”. O’Brien ficou animado com a ideia de um “gnomo druida com flores no cabelo e lama no rosto”.
Mercer e Ray, casados na vida real, escolheram Anão como raça. Mercer brincou que seria um Bardo, para facilitar. Ray mencionou que se diverte jogando de Anão na Campanha 4 e que uma “Bárbara Anã” também seria divertida.
Johnson disse que, se fosse jogar imediatamente, escolheria Bárbara, pois entende a classe rapidamente. Ela optou por Anã, pois nunca jogou com essa raça. Payton teve uma resposta semelhante, considerando ser um Guerreiro e testar suas habilidades sem a “fúria”.
Fonte: ScreenRant
