Crítica: The Hand That Rocks the Cradle (2025) é eletrizante, mas subdesenvolvido

Remake de ‘The Hand That Rocks the Cradle’ (2025) com Mary Elizabeth Winstead e Maika Monroe oferece suspense, mas falha em aprofundar seus temas.

The Hand That Rocks the Cradle, o remake de 2025 do filme de 1992, dirigido por Michelle Garza Cervera, se posiciona em um terreno intermediário: não é completamente desastroso, mas também não atinge seu pleno potencial. O filme explora uma premissa intrigante, mas falha em aprofundar suas ideias.

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Trama e Personagens

O longa acompanha Caitlyn (Mary Elizabeth Winstead), uma advogada e mãe de dois filhos, que contrata Polly (Maika Monroe) como babá após um incidente anterior. A atuação de Monroe sugere que algo não está certo com Polly desde o início, embora suas motivações permaneçam obscuras até uma revelação tardia. O filme dedica tempo ao desenvolvimento da relação entre as duas mulheres, mas rapidamente mergulha em um jogo de manipulação.

Detalhes sobre o passado de Caitlyn e Polly são revelados gradualmente. Descobrimos que Caitlyn teve dificuldades com depressão pós-parto após o nascimento de sua filha mais velha, Emma (Mileiah Vega), e que Polly cresceu no sistema de adoção. Essas informações, embora relevantes para justificar a descrença em Caitlyn e a obsessão de Polly, nunca são totalmente exploradas.

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Potencial Temático Não Aproveitado

The Hand That Rocks the Cradle aborda temas como traumas de infância que se manifestam na vida adulta e a tendência de mulheres descarregarem raiva umas nas outras. No entanto, o filme mal arranha a superfície desses assuntos. Há também a sugestão de uma relação sexual entre as protagonistas, com uma cena de voyeurismo que é rapidamente abandonada.

As diferenças de classe socioeconômica entre Caitlyn e Polly são outro ponto de destaque, mostrando como vidas impactadas por experiências semelhantes podem divergir drasticamente. A frustração reside no fato de que esses elementos fascinantes permanecem apenas sugestões, sem se tornarem ideias plenamente desenvolvidas.

Atuações Sustentam o Ritmo

Apesar das falhas no roteiro, a direção de Cervera mantém o filme eletrizante, em grande parte devido à química entre Winstead e Monroe. Suas performances e a tensão crescente entre as personagens mascaram as fraquezas do roteiro e a falta de intensidade que se dissipa ao longo da trama.

O filme consegue prender a atenção pela curiosidade: que segredo Caitlyn esconde? Por que Polly está tão obcecada por ela? Será que Polly machucará as crianças para atingir Caitlyn? Essa intriga e a promessa de um clímax satisfatório mantêm o espectador engajado, mesmo com uma história subdesenvolvida que, infelizmente, evita riscos maiores.

https://www.youtube.com/watch?v=sr_the-thand-that-rocks-the-cradle-2025_trailer-1758648231

Fonte: ScreenRant

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