A indústria cinematográfica vive de rumores e, por vezes, de revelações surpreendentes. Recentemente, um burburinho intrigante sobre o diretor Ari Aster, conhecido por obras aclamadas como “Hereditário” e “Midsommar”, tomou conta das redes. Em uma entrevista no podcast Mixed Signals, Aster foi questionado sobre a possibilidade de ter sido abordado pela Marvel para dirigir um filme.
A resposta do cineasta foi ainda mais chocante: ele confirmou o contato, mas com um detalhe crucial. Não era para um filme do MCU da Marvel Studios, mas sim para o controverso Morbius da Sony. O diretor hesitou ao nomear o projeto inicialmente, mas acabou por revelar: “Fui convidado para fazer — é Mobius.
Morbius. “. Ao ser confirmado que era de fato Morbius, e que o filme foi um fracasso retumbante, Aster brincou: “Sim, poderíamos ter adicionado à minha lista”.
O filme Morbius acabou sob a direção de Daniel Espinosa, com roteiro de Matt Sazama e Burk Sharpless. Espinosa já havia comandado projetos de ação notáveis como “Protegendo o Inimigo”, estrelado por Denzel Washington, “Minha Vida em Marte”, com Joel Kinnaman, e o suspense de ficção científica “Vida”, que reuniu Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson e Ryan Reynolds. Embora Espinosa tivesse experiência em trabalhar com grandes talentos e em produções de alto orçamento, nenhum de seus filmes foi aclamado pela crítica ou um sucesso estrondoso de bilheteria.
Ele representava uma escolha “segura” para Morbius, com sua experiência em peças de ação de grande escala. No entanto, Ari Aster teria sido uma aposta infinitamente mais interessante, capaz de entregar uma abordagem verdadeiramente única e, quem sabe, salvadora, para o personagem dos quadrinhos da Marvel. Os filmes de Ari Aster não são, por natureza, conhecidos por serem blockbusters de bilheteria.
Na verdade, “Hereditário” e “Midsommar” são as exceções notáveis, com “Hereditário” arrecadando US$ 87,8 milhões mundialmente e “Midsommar” impressionantes US$ 47,8 milhões globalmente com um orçamento modesto de US$ 9 milhões. Contudo, se não garantem sucesso de bilheteria, quase sempre impressionam críticos e fãs. Por exemplo, “Midsommar” ostenta um índice de 83% de aprovação no Rotten Tomatoes, enquanto “Hereditário” alcançou impressionantes 90%.
É difícil imaginar a visão de Aster para Morbius, considerando que ele tende a dirigir seus próprios roteiros e trabalha com orçamentos menores. Mais importante ainda, Aster parece render o seu melhor quando tem controle criativo total sobre o projeto.
Assim como outras produções de super-heróis, Morbius sempre seria um trabalho “por encomenda”, onde o estúdio detém muito mais influência do que o diretor. Isso explica por que não foi surpresa que o filme arrecadasse apenas US$ 167,4 milhões globalmente e recebesse uma pífia classificação de 15% no Rotten Tomatoes.
Aster, aparentemente, tomou a decisão acertada de não embarcar no projeto, optando por escrever e dirigir seu mais recente filme, “Eddington”, estrelado por Joaquin Phoenix e Pedro Pascal. “Eddington”, a mais recente obra de Aster, narra a história de um impasse tenso entre um xerife e um prefeito de uma pequena cidade, que culmina em uma explosão de conflitos entre vizinhos em Eddington, Novo México. O filme é descrito como uma sátira sobre a COVID-19 e parece ter recebido críticas mistas, com uma classificação de 67% no Rotten Tomatoes.
A produção está atualmente em exibição nos cinemas. No que diz respeito ao destino de Morbius, o filme da Sony Pictures, estrelado por Jared Leto no papel do anti-herói dos quadrinhos, está agora disponível para streaming tanto no Disney+ quanto no HBO Max. A revelação de Ari Aster adiciona uma camada fascinante ao legado do filme, nos fazendo questionar o que poderia ter sido se um dos diretores mais singulares da atualidade tivesse tido a chance de imprimir sua marca sombria e autoral no Dr.
Michael Morbius.