A aclamada série de ficção científica Battlestar Galactica tem suas raízes em um filme de 1927, Metropolis, de Fritz Lang. As semelhanças entre as obras revelam como temas centrais da ficção científica, como a desconfiança em relação a robôs indistinguíveis de humanos, já eram explorados há um século.
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Metropolis: O Pioneiro da Ficção Científica
Metropolis, um marco da era de ouro da ficção científica, estabeleceu um padrão para produções do gênero. O filme introduziu a ideia de robôs como uma forma de engano, com uma máquina criada para se passar por um ser humano. Essa premissa foi fundamental para o desenvolvimento de narrativas futuras.
Na trama de Metropolis, o inventor Rotwang cria uma “Máquina-Homem” com o objetivo de se passar por Maria, líder de uma rebelião. O plano era manipular os trabalhadores e evitar a revolução. Essa dualidade entre a aparência humana e a natureza mecânica dos robôs se tornou um tropo recorrente na ficção científica.
Battlestar Galactica e a Herança de Metropolis
Battlestar Galactica, especialmente em sua versão reimaginada por Ronald D. Moore, adota a premissa de robôs humanoides, os Cylons, que se infiltram entre os humanos. Essa escolha narrativa, que substituiu os robôs metálicos da série original, ecoa diretamente o conceito de engano presente em Metropolis.
A série explora o medo e a desconfiança gerados pela presença de Cylons indistinguíveis de humanos, que manipulam a sociedade para seus próprios fins. Essa temática central de Battlestar Galactica reflete a preocupação com a tecnologia e a identidade humana, já presente no filme de 1927.

Temas Compartilhados: Criação e Profecia
Além da questão dos robôs humanoides, ambas as obras compartilham outros temas. Em Metropolis, a criação da Máquina-Homem é motivada pelo desejo de reviver um amor perdido. De forma similar, em Battlestar Galactica, o Cylon Cavil é modelado a partir do pai de seu criador, explorando a ideia de “brincar de Deus” e suas consequências.
A estrutura narrativa de ambas as obras também apresenta paralelos. Metropolis aborda a luta de classes e a necessidade de um “mediador” para unir a elite e os trabalhadores. Battlestar Galactica, por sua vez, retrata o conflito entre humanos e Cylons, com a figura de Starbuck atuando como uma profecia que guia os sobreviventes.
O Medo Tecnológico Através das Gerações
A conexão entre Metropolis e Battlestar Galactica demonstra a persistência de um medo humano fundamental: a criação de algo que nos imite tão perfeitamente a ponto de nos tornar obsoletos. Enquanto a tecnologia de robôs físicos ainda é um desafio, a inteligência artificial avança rapidamente, aproximando o mundo real das advertências apresentadas na ficção científica.

A visão distópica de Metropolis, criada em 1927, e a exploração de temas semelhantes em Battlestar Galactica, lançada no início dos anos 2000, ressaltam como essas preocupações tecnológicas acompanham a humanidade. A possibilidade de uma IA imitar a aparência humana, como visto em 2025, sugere que os avisos da ficção científica podem estar se tornando realidade.
Fonte: ScreenRant