A franquia Avatar, de James Cameron, se aproxima do lançamento de seu terceiro filme, intitulado Avatar: Fire And Ash. O primeiro longa é a maior bilheteria de todos os tempos, e a sequência, Avatar: The Way of Water, arrecadou impressionantes US$ 2,2 bilhões. As expectativas para o novo capítulo são altíssimas, com os estúdios Disney e 20th Century apostando alto na divulgação.

Com estreia marcada para 19 de dezembro, o filme se tornará um grande teste para a saga de ficção científica, que já acumulou US$ 5,2 bilhões globalmente. A questão é se a série continuará sua trajetória de sucesso ou se o público investirá em uma franquia em evolução.
Um Novo Cenário Para Avatar: Fire & Ash
À primeira vista, Fire and Ash pode parecer similar aos filmes anteriores: James Cameron na direção, o elenco principal intacto, a ambientação em Pandora e a exploração das relações entre Na’vi e humanos, tudo isso com efeitos visuais de ponta. No entanto, a relação do público com a saga tem nuances importantes.
O filme original de 2009 foi um marco tecnológico e uma sensação global, impulsionado em parte pelo uso do 3D e por ser um blockbuster original em uma época de crescente domínio de IPs (Propriedades Intelectuais). A experiência de assistir ao primeiro Avatar nos cinemas é memorável para muitos.
Apesar de a expectativa pela sequência não ter sido tão constante quanto para novos lançamentos da Marvel, DC ou Star Wars, a conexão emocional do público com o filme foi inegável. Treze anos depois, o retorno a Pandora com Avatar: The Way of Water reafirmou esse vínculo, com o público respondendo massivamente.
O sucesso da sequência também se deveu aos avanços tecnológicos. As inovações de Cameron elevaram o patamar dos efeitos visuais, superando outros blockbusters recentes e incentivando o público a experimentar a obra na tela grande. A narrativa aprofundada foi um bônus.
O desempenho da reexibição de Avatar em 2022 reforça a demanda por revisitar o universo. A nova exibição arrecadou US$ 10 milhões em sua estreia doméstica e US$ 76 milhões mundialmente, demonstrando o interesse renovado na saga e na sequência.
No entanto, Fire and Ash apresenta um cenário distinto. Enquanto o intervalo entre o primeiro e o segundo filme foi de mais de uma década, a nova produção chega apenas três anos após The Way of Water. Essa proximidade pode diminuir a sensação de evento cinematográfico, levando o público a esperar pela disponibilidade em streaming ou a demonstrar um interesse menos intenso.
A produção, filmada em conjunto com The Way of Water, utiliza tecnologias semelhantes. Embora os três anos adicionais possam permitir inovações pontuais em CGI, o salto tecnológico entre as duas primeiras obras dificilmente será replicado. A expectativa é que os efeitos visuais de Fire and Ash sejam consistentes com o filme anterior, sem uma grande revolução.
O Futuro de Avatar Depende de Avatar: Fire & Ash
Resta saber se o público realmente deseja mais filmes da franquia Avatar. Será que Fire and Ash conseguirá ser um evento cinematográfico e se aproximar dos resultados de bilheteria dos filmes anteriores? A recente reexibição de The Way of Water, promovida com novidades de Fire and Ash, arrecadou apenas US$ 3,2 milhões em sua estreia doméstica e US$ 9,9 milhões mundialmente, um desempenho significativamente inferior à reexibição do primeiro filme.
Essa diferença pode indicar que o público não está tão ansioso para retornar a Pandora com a mesma urgência. Se o interesse em assistir novamente aos filmes anteriores diminuiu, isso pode impactar a viabilidade de produções futuras, cujos orçamentos são altíssimos (The Way of Water custou cerca de US$ 460 milhões).
Uma queda acentuada na performance de Fire and Ash em relação aos seus antecessores levantaria sérias questões sobre o futuro da franquia a longo prazo. Mesmo James Cameron tem sinalizado que a produção de Avatar 4 e 5 não é garantida, dependendo do sucesso financeiro do terceiro filme.
O futuro de Avatar será definido com o lançamento de Avatar: Fire and Ash. O filme tem o potencial de ser um mega sucesso, solidificando a franquia, ou de não alcançar as expectativas financeiras, possivelmente encerrando a saga planejada de cinco filmes com duas entradas a menos.

Fonte: ScreenRant