A série animada Avatar: The Last Airbender, um dos programas mais queridos do século XXI, celebrou seu 20º aniversário. Lançada em 2005 pela Nickelodeon, a trama acompanha Aang, um jovem dobrador de ar que descobre ser o Avatar, o herói destinado a dominar os quatro elementos para trazer equilíbrio ao mundo. Ele é auxiliado em sua jornada por Sokka, Katara, Toph e, eventualmente, pelo Príncipe Zuko. A série é aclamada por sua construção de mundo detalhada, desenvolvimento de personagens e temas profundos.
Recentemente, os criadores Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko compartilharam suas opiniões sobre o legado da série em uma entrevista. DiMartino revelou que seu episódio favorito pode mudar, mas recentemente assistiu a um com seu filho, redescobrindo o episódio “Jet”. Ele destacou o dilema moral apresentado, onde o espectador torce por Jet contra os vilões, mas ele também prejudica inocentes, explorando a área cinzenta que a série tanto aborda.
“Jet” tem esse dilema moral. Você torce para o Jet aniquilar os bandidos, mas ele também está prejudicando pessoas inocentes. Sokka percebe isso, e tem uma boa “zona moralmente cinzenta” que gostamos de explorar na série.
Konietzko, por sua vez, valoriza episódios que dão a sensação de um mundo mais real e habitado. Ele mencionou “The Fortuneteller” pela oportunidade de conhecer uma comunidade local e sua cultura, algo difícil de desenvolver em apenas 22 minutos. Similarmente, “The Headband”, onde Aang se infiltra em uma escola na Nação do Fogo, destaca-se por apresentar estudantes que parecem reais, mostrando que, apesar da propaganda, eles são apenas jovens.
Curiosamente, as escolhas de ambos os criadores são menos comuns entre os fãs, que frequentemente apontam os finais climáticos das temporadas ou aventuras focadas em personagens como “Zuko Alone”. DiMartino também comentou sobre o episódio “The Great Divide”, que geralmente não é bem recebido pelos fãs. Ele compartilhou que, ao assistir com seu filho, ele achou o episódio divertido, ressaltando que a série continua a conectar e inspirar pessoas mesmo 20 anos depois.
Adoro assistir através dos olhos do meu filho, vê-lo descobrir [a série] e o que ele acha engraçado e emocionante. Por exemplo, todo mundo reclama de “The Great Divide”. Quando aquele foi exibido, eu perguntei: “O que você achou disso?”. Meu filho disse: “Foi muito bom. Foi engraçado!”. Talvez esse episódio não seja para todos, mas Avatar tem esse poder de permanência, ainda se conectando com as pessoas 20 anos depois e inspirando-as.
Konietzko reforçou a mensagem da série, destacando que não se trata apenas de “bem contra o mal”, mas sim de equilíbrio, a principal tarefa do Avatar. A série inspirou uma geração e continua a fazê-lo décadas depois.
Fonte: ScreenRant
