Um dos diferenciais de ARC Raiders é a imersão, construída através de elementos visuais, atmosfera e design de som. Durante o desenvolvimento, a Embark Studios focou em proporcionar uma imersão ativa através da jogabilidade. Uma das principais estratégias foi implementar um sistema de feedback visual baseado em física, eliminando a necessidade de uma interface de usuário (UI) tradicional e, assim, mergulhando os jogadores mais profundamente no mundo do jogo.
ARC Raiders Utiliza Física em Vez de UI para Manter Jogadores Imersos
ARC Raiders é uma experiência PvPvE, onde os jogadores enfrentam não apenas outros jogadores, mas também diversos tipos de ARCs — máquinas programadas para eliminar qualquer humano. Nesses confrontos, o jogo oferece um feedback visual claro e baseado em física, informando o jogador sobre o estado da batalha sem a necessidade de barras de vida.
O mais recente episódio da série documental “The Evolution of ARC Raiders”, disponível no canal oficial do YouTube da Embark Studios, detalha a filosofia por trás da escolha da física em detrimento de uma UI padrão. Stefan Strandberg, diretor criativo, explicou como e por que a física é central em ARC Raiders, visando a máxima imersão sem comprometer a acessibilidade.
“Permita que as coisas lá dentro sejam reais. É por isso que queremos usar destruição gradual nos drones. Você atira em um propulsor e isso desabilita sua capacidade de voar. Claro que sim. É a física respondendo a você, e há algo divertido em brincar com a física. Você não precisa de uma barra de vida para te dizer isso”, afirmou Strandberg. A filosofia de design da Embark para ARC Raiders baseia-se na ideia de que os jogadores não precisam de uma barra de vida visível para entender o que está acontecendo. A equipe buscou criar um mundo que comunicasse essas informações de forma clara, utilizando a física para influenciar as decisões do jogador.
Segundo Strandberg, isso se resume a confiar nos sentidos do jogador para interpretar as informações visuais. Animações de atordoamento e destroços caindo de uma máquina funcionam como sinais, criando um ciclo de feedback que incentiva o jogador a permanecer focado no momento, em vez de olhar para uma barra de vida. “Você pode tomar essas decisões confiando na capacidade humana de decodificar isso — ouvir, olhar e não depender de uma UI para dizer a verdade do que está acontecendo”, disse o diretor criativo.
Essa abordagem torna ARC Raiders particularmente imersivo. Mesmo sem uma UI indicando quando é seguro prosseguir após um combate, a experiência prolongada no jogo torna isso óbvio. Quando um rotor de um drone Wasp é atingido, ele luta para se manter no ar. Se ambos os rotores laterais forem destruídos, a máquina pode cair ou girar descontroladamente. Atirar com um Hullcracker nas pernas de um Bastion pode fazer a máquina se ajoelhar para se recuperar. Embora uma UI tradicional pudesse facilitar esses encontros, o objetivo principal era a imersão.
O design de ARC Raiders, focado na física, reflete o objetivo da Embark de permitir que o próprio mundo comunique informações diretamente ao jogador através de feedback visual. O segundo episódio de “The Evolution of ARC Raiders” detalha como a equipe construiu sistemas que dependem de movimento, estados de dano e reações das máquinas para transmitir o progresso nos combates. Strandberg descreve isso como uma forma de aprimorar a imersão icônica de ARC Raiders, mantendo a experiência legível sem uma UI tradicional. Com a Embark continuando a destacar essa filosofia em seus episódios de desenvolvimento, os sistemas de física permanecem centrais na apresentação e compreensão de ARC Raiders.
Fonte: GameRant
