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As franquias Alien e Predador possuem bases de fãs dedicadas, sempre dispostas a lotar os cinemas a cada novo lançamento. Não foi surpresa, portanto, que uma legião de espectadores compareceu em massa quando, há 21 anos, esses dois universos colidiram em um crossover de proporções épicas: Alien vs. Predator (AvP).
Apesar do sucesso financeiro estrondoso, arrecadando U$177,4 milhões globalmente, o filme gerou uma enorme controvérsia, frustrando muitos fãs e sendo amplamente rejeitado pela crítica. A produção causou ondas por desrespeitar a mitologia estabelecida das sagas e por diluir o material original para uma classificação etária PG-13, mais amigável ao público comercial. Além disso, essa obra tão criticada também foi alvo de ataques por priorizar cenas de morte em detrimento do desenvolvimento de personagens.
Praticamente desde o início, este filme parecia fadado a enfrentar desafios. Todos os filmes da série Alien possuem classificação R, assim como todos os filmes de Predador. Com base nisso, parecia uma conclusão óbvia que Alien vs.
Predator seguiria o mesmo caminho, entregando um espetáculo forte e desafiador. No entanto, a diretoria da 20th Century Fox (agora 20th Century Studios) tinha outras ideias, buscando alavancar a comercialização das duas IPs para atrair um público mais amplo. Essa decisão, embora financeiramente lógica, acabou por alienar (sem trocadilhos) grande parte das bases de fãs no processo.
O enredo, que se desenrola durante uma expedição arqueológica, mostra uma equipe de cientistas presa no meio de uma batalha mortal entre as espécies titulares. As críticas à produção se estenderam para além da classificação etária. Embora Alien vs.
Predator apresente muitas mortes em tela, cada uma delas carece da visceralidade pela qual cada uma das respectivas franquias é tão conhecida. Pior ainda, o filme introduz um elenco considerável de personagens humanos, em grande parte subdesenvolvidos, apenas para matá-los sistematicamente quando as criaturas titulares chegam à cena. Essa abordagem superficial deixou muitos fãs desejando mais substância e profundidade.
Além das questões de violência, a cronologia do filme também gerou controvérsia. Ambientado em 2004, o filme estabelece que os xenomorfos são usados há muito tempo como ferramenta de caça pelos Predadores. Essa afirmação contradiz diretamente os eventos de Alien, que mostra o elenco descobrindo o que parece ser um dos primeiros avistamentos de xenomorfos em 2122.
Para um filme que visava agradar às bases de fãs de ambas as sagas, essa inconsistência parecia uma aposta ousada e desnecessária. Detratores também apontaram que a produção frequentemente prioriza o estilo em detrimento da substância, com o roteirista e diretor Paul W. S.
Anderson supostamente contente em renunciar a uma narrativa coesa em favor de visuais chamativos. Com tudo isso dito, o filme não é de todo desprovido de mérito. Até os mais ferrenhos críticos da produção precisam dar crédito a este evento crossover pela cena brilhante em que a técnica ambiental Lex (Sanaa Lathan) usa uma cabeça de xenomorfo desmembrada como escudo.
Essa sequência é épica e inventiva. Fãs que se conectam com o filme também argumentam que este é um espetáculo que não deve ser levado muito a sério. Portanto, se você assistir ao filme por essa ótica, provavelmente terá uma experiência mais satisfatória do que se for esperando perfeição.
No geral, Alien vs. Predator permanece um esforço cinematográfico controverso que dividiu os fãs, com mais pessoas se posicionando contra do que a favor. A classificação PG-13 certamente não ajudou, nem a falta de desenvolvimento de personagens.
Mesmo assim, há alguns momentos notáveis que fazem com que este filme valha a pena ser conferido pelo menos uma vez. Se você deseja assisti-lo, pode encontrar Alien vs. Predator para streaming no Disney+ e Hulu (nos EUA).
Os fãs da franquia Alien também podem conferir novos episódios da aclamada série *Alien: Earth* semanalmente no Hulu, e Fede Alvarez está trabalhando duro em uma sequência de *Alien: Romulus*, prometendo ainda mais para os amantes do universo.
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